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Israel diz que "reduziu" relações com países após voto na ONU

Segundo porta-voz do ministério do Exterior, o país tinha "reduzido temporariamente" trabalhos com embaixadas que votaram a favor de uma resolução

Israel retirou seus embaixadores na Nova Zelândia e em Senegal (David Silverman/Getty Images)
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AFP

Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 14h01.

Israel afirmou nesta terça-feira que "reduziu" suas relações com países que votaram a favor de uma resolução da ONU contra seus assentamentos nos territórios palestinos ocupados.

Refutando informações segundo as quais as relações com estes países foram suspensas, o porta-voz do ministério do Exterior de Israel, Emmanuel Nahshon, declarou que seu país tinha "reduzido temporariamente" visitas e trabalhos com as embaixadas em questão.

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"Até nova ordem, vamos limitar nossos contatos com as embaixadas em Israel e evitar os movimentos das autoridades israelenses nestes países e a vinda de seus líderes", disse à AFP, em referência aos países membros do Conselho de Segurança que votaram na sexta-feira em favor da resolução da ONU.

Em represália, Israel retirou seus embaixadores na Nova Zelândia e em Senegal e cancelou seu programa de ajuda neste país da África Ocidental.

Nesta terça-feira, Israel também informou Angola sobre o congelamento de seu programa de ajuda, segundo Naasson.

Os países não podem vir "a Israel para aprender sobre combate ao terrorismo, ciberdefesa, tecnologias agrícolas, e, em seguida, fazer o que quiserem na ONU", declarou à rádio militar a vice-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Hotovely.

Contudo, ela lamentou que o cancelamento das viagens de líderes estrangeiros, Israel pode perder a oportunidade de explicar a sua posição.

Segundo a imprensa israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que também oficia como ministro das Relações Exteriores, pediu a seus funcionários que reduzam o tanto quanto possível suas viagens aos países que votaram a favor da resolução.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou a medida na sexta-feira, depois de que os Estados Unidos se abstiveram, não usando seu direito a veto em apoio ao seu aliado mais próximo no Oriente Médio.

Trata-se da primeira resolução a ser adotada desde 1979 para condenar Israel por sua política de assentamentos.

A resolução exige que "Israel cesse imediata e completamente os assentamentos nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental".

Representantes de 10 dos 14 países membros do Conselho de Segurança que votaram a favor do texto, bem como o embaixador dos Estados Unidos, foram convocados no domingo ao ministério das Relações Exteriores de Israel para esclarecimentos.

Pelo menos duas viagens foram canceladas ou adiadas até o momento, incluindo a prevista para esta semana em Israel do primeiro-ministro da Ucrânia.

Há também relatos de que Netanyahu cancelou uma reunião com a primeira-ministra britânica Theresa May no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), em janeiro, mas isso não foi confirmado por fontes oficiais.

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