Mundo

Israel assume responsabilidade por ataque que matou família

O Exército israelense matou 10 membros de uma mesma família palestina em Gaza, justificando que o alvo era um dos integrantes, que seria do Hamas

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 12h47.

Jerusalém - O Exército israelense assumiu nesta terça-feira a responsabilidade por um ataque seletivo que matou, em 18 de novembro, 10 membros de uma mesma família palestina em Gaza, afirmando que o alvo era um dos integrantes, "pertencente ao braço armado do Hamas", mas destacou que não foi um erro.

O ataque, o mais violento da operação de Israel de 14 a 21 de novembro na Faixa de Gaza, destruiu uma casa na Cidade de Gaza e matou 12 pessoas, sendo 10 membros da família Dalu e dois vizinhos.

Entre as vítimas estava Mohamed Jamal al-Dalu, de 29 anos, agente de uma unidade da polícia do Hamas, responsável pela segurança e proteção de personalidades.

O Exército israelense havia informado em um primeiro momento que o ataque teve como alvo um chefe militar do Hamas, responsável por disparos de foguetes, mas não confirmou este se estava na residência.

Uma porta-voz do Exército israelense, Avital Leibovich, declarou nesta terça-feira à AFP que o alvo do ataque era Mohamed Jamal al-Dalu.

"Este pai de família era um terrorista conhecido, pertencente ao braço militar do Hamas. Não houve erro do Exército israelense", insistiu.

A morte da família Dalu comoveu a opinião pública internacional.

"O massacre da família Dalu não ficará impune", advertiram as Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas.

Pelo menos 166 palestinos, em sua maioria civis, segundo os serviços de emergência e as organizações de defesa dos direitos humanos em Gaza, morreram em oito dias, assim como seis israelenses, quatro civis e dois militares, segundo a polícia e o exército de Israel.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseIsraelPalestina

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua