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Israel adia votação de controversa lei a favor de colonos

Legislação permitiria declarar como terras israelenses terrenos privados palestinos nos quais os colonos tenham construído sem autorização

Israel: texto havia sido aprovado em primeira leitura em dezembro (David Silverman/Getty Images)

Israel: texto havia sido aprovado em primeira leitura em dezembro (David Silverman/Getty Images)

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AFP

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 13h20.

O Parlamento israelense adiou nesta terça-feira até o início da próxima semana a votação de uma controversa lei que permitiria a Israel se apropriar de centenas de hectares de terras palestinas na Cisjordânia ocupada, informou seu site.

Os legisladores começaram a examinar na segunda-feira em segunda e terceira leituras um texto que havia sido aprovado em primeira leitura em dezembro.

A oposição de esquerda conseguiu que os debates no plenário se prolonguem até a próxima segunda-feira, informou a Kneset em seu site. Assim, a lei deve ser votada no máximo na noite de 6 a 7 de fevereiro.

Apresentada por um grupo de pressão pró-colonização, esta legislação permitiria declarar como terras israelenses terrenos privados palestinos nos quais os colonos tenham construído sem autorização, seja porque ignoravam que se tratava de uma propriedade privada ou porque o Estado deixou que agissem.

Os proprietários palestinos seriam compensados financeiramente ou com outros terrenos.

O texto permitiria a Israel legalizar, em termos de direitos israelenses, quase 4.000 casas israelenses construídas em colônias, reconhecidas pelas autoridades ou não, ou seja, as chamadas colônias selvagens, segundo a ONG anti-colonização A Paz Agora. Serão expropriados no mínimo 800 hectares de terras palestinas, segundo a mesma fonte.

Esta legalização alarma os defensores da causa palestina e a comunidade internacional. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) a encara como "uma declaração de guerra".

Todas as colônias israelenses são ilegais, segundo o direito internacional. Uma grande parte da comunidade internacional as encara como um grande obstáculo para alcançar a paz entre israelenses e palestinos.

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