Imagem de vídeo de entrevista do jornal The Guardian com Edward Snowden: ele divulgou documentos sobre o programa de vigilância dos Estados Unidos (AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2013 às 13h55.
Reykjavik - A Islândia informou nesta segunda-feira que qualquer pessoa que deseja obter asilo político, como declarou que pensa em fazer Edward Snowden, depois de ter revelado o programa americano de vigilância das comunicações, deve primeiro entrar em seu território.
A diretora do departamento responsável pelos pedidos de asilo, Kristin Volundardottir, afirmou ao jornal Morgunbladid que o país não recebeu qualquer pedido.
"E a regra é que você deve estar na Islândia para fazer este pedido pessoalmente", explicou.
Em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian, Snowden, de 29 anos, afirmou que se refugiou em um hotel de Hong Kong.
Ele citou "a sólida tradição de liberdade de expressão" na cidade e disse que esperava que as autoridades não o extraditassem para os Estados Unidos. Também afirmou que pretende solicitar asilo à Islândia, conhecida segundo ele por apoiar "os que defendem a liberdade na internet".
O jovem trabalhava para uma empresa que prestava serviços à Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos.
Snowden divulgou documentos sobre o programa de vigilância dos Estados Unidos das ligações telefônicas feitas pela operadora Verizon, e aparentemente por outras empresas, assim como das comunicações de internautas estrangeiros em nove grandes redes sociais, incluindo Facebook e Skype.
Uma fundação islandesa de defesa da liberdade de expressão, International Modern Media Institute, afirmou no domingo que tentava entrar em contato com Snowden e destacou que "a Islândia poderia não ser o melhor lugar" para evitar a extradição.
Hong Kong, um território semi-autônomo da República Popular da China, tem desde 1996 um tratado de extradição com os Estados Unidos, que reserva um direito de veto a Pequim.