Irmandade Muçulmana rejeita negociação com governo egípcio
O membro do comitê legislativo do PLJ Gamal Tag el Din disse à televisão estatal que "não pretendem cooperar com um regime ilegítimo"
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2013 às 08h07.
Cairo - O partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana , rejeitou nesta quarta-feira negociar pastas do novo governo egípcio, depois que a Presidência apontasse que o primeiro-ministro, Hazem al Beblaui, pretendia fazer tal proposta.
O membro do comitê legislativo do PLJ Gamal Tag el Din disse à televisão estatal que "não pretendem cooperar com um regime ilegítimo que chegou (ao poder) após um golpe contra a vontade do povo".
"É possível que o regime nos peça para negociar depois de terem cometido um massacre terrível, enquanto os manifestantes apenas rezavam diante da Guarda Republicana?", indagou El Din ao comentar o incidente da última segunda-feira, quando pelo menos 51 pessoas foram assassinadas, a maioria islamitas.
O assessor de imprensa da Presidência Ahmed el Moslimani destacou ontem à noite que Al Beblaui deve oferecer pastas ministeriais à Irmandade Muçulmana e ao partido salafista Al Nour, segundo a agência estatal de notícias "Mena".
"Algumas pastas vão ser apresentadas ao partido Liberdade e Justiça e ao salafista Al Nour", assegurou El Moslimani, que ressaltou que "não há nenhum obstáculo" para que essas duas formações participem do gabinete.
O porta-voz sustentou que o profissionalismo será o principal requisito para formação do novo Governo, que será "quase amplo" e terá entre 15 e 20 ministros.
O economista liberal Hazem al Beblaui foi eleito ontem pelo presidente interino do Egito, Adly Mansour, para dirigir o governo durante o período de transição, que o Exército obriga todos os egípcios a respeitar.
Além disso, El Moslimani assinalou que Mansur defende a reconciliação nacional da sociedade egípcia mediante a uma iniciativa que leva por título "Um só povo" (Umma).
O plano consiste em uma série de tentativas auspiciada pelo presidente para pôr fim à tensão social no Egito durante a primeira semana do Ramadã, que começa hoje.
O oferecimento de pastas ministeriais aos islamitas e a iniciativa para a reconciliação nacional "têm o objetivo de abrir uma nova página de tolerância para construir uma nova sociedade", destacou El Moslimani.
O Egito começou um novo processo de transição após o golpe de Estado do último dia 3 de julho pelas mãos do Exército, que depôs o presidente Mohammed Mursi e nomeou em seu lugar o presidente interino Mansur, até então chefe do Tribunal Constitucional.
Cairo - O partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana , rejeitou nesta quarta-feira negociar pastas do novo governo egípcio, depois que a Presidência apontasse que o primeiro-ministro, Hazem al Beblaui, pretendia fazer tal proposta.
O membro do comitê legislativo do PLJ Gamal Tag el Din disse à televisão estatal que "não pretendem cooperar com um regime ilegítimo que chegou (ao poder) após um golpe contra a vontade do povo".
"É possível que o regime nos peça para negociar depois de terem cometido um massacre terrível, enquanto os manifestantes apenas rezavam diante da Guarda Republicana?", indagou El Din ao comentar o incidente da última segunda-feira, quando pelo menos 51 pessoas foram assassinadas, a maioria islamitas.
O assessor de imprensa da Presidência Ahmed el Moslimani destacou ontem à noite que Al Beblaui deve oferecer pastas ministeriais à Irmandade Muçulmana e ao partido salafista Al Nour, segundo a agência estatal de notícias "Mena".
"Algumas pastas vão ser apresentadas ao partido Liberdade e Justiça e ao salafista Al Nour", assegurou El Moslimani, que ressaltou que "não há nenhum obstáculo" para que essas duas formações participem do gabinete.
O porta-voz sustentou que o profissionalismo será o principal requisito para formação do novo Governo, que será "quase amplo" e terá entre 15 e 20 ministros.
O economista liberal Hazem al Beblaui foi eleito ontem pelo presidente interino do Egito, Adly Mansour, para dirigir o governo durante o período de transição, que o Exército obriga todos os egípcios a respeitar.
Além disso, El Moslimani assinalou que Mansur defende a reconciliação nacional da sociedade egípcia mediante a uma iniciativa que leva por título "Um só povo" (Umma).
O plano consiste em uma série de tentativas auspiciada pelo presidente para pôr fim à tensão social no Egito durante a primeira semana do Ramadã, que começa hoje.
O oferecimento de pastas ministeriais aos islamitas e a iniciativa para a reconciliação nacional "têm o objetivo de abrir uma nova página de tolerância para construir uma nova sociedade", destacou El Moslimani.
O Egito começou um novo processo de transição após o golpe de Estado do último dia 3 de julho pelas mãos do Exército, que depôs o presidente Mohammed Mursi e nomeou em seu lugar o presidente interino Mansur, até então chefe do Tribunal Constitucional.