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Irmandade Muçulmana realiza funerais de vítimas no Egito

Irmandade realiza funerais de seus seguidores que morreram ontem em conflitos no país, segundo porta-voz


	Membros da Irmandade Muçulmana e defensores do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi: Irmandade explicou que foi feito o funeral de "milhares de mártires"
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Membros da Irmandade Muçulmana e defensores do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi: Irmandade explicou que foi feito o funeral de "milhares de mártires" (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 15h00.

Cairo - A Irmandade Muçulmana está realizando nesta quinta-feira os funerais de seus seguidores que morreram ontem em conflitos em várias partes do país, disse à Agência Efe o porta-voz da Irmandade Ahmed Subaya.

Subaya, que estava em um dos velórios no distrito de Tagamo al James, no Cairo, afirmou que as cerimônias fúnebres começaram em várias partes do Egito por volta das 15h30 hora local (10h30 de Brasília).

Uma das principais aconteceu na mesquita de Al Imã, no distrito de Cidade Nasser, perto da praça de Rabea al Adauiya, onde a polícia desmantelou ontem um dos acampamentos dos islamitas.

A Irmandade Muçulmana explicou em seu site que no templo foi feito o funeral de "milhares de mártires, que morreram no massacre perpetrado pelo Ministério do Interior e pela Polícia Militar".

Durante as exéquias, os presentes gritaram palavras de ordem como "Alá é grande" e "Eu não estou triste pelo mártir".

Enquanto isso, não muito longe de Cidade Nasser, acontecia o funeral oficial pelos 43 policiais mortos ontem nos conflitos.

Segundo o Ministério da Saúde, pelo menos 525 pessoas morreram ontem, entre elas os 43 policiais, e 3.717 ficaram feridas em confrontos em várias províncias, embora a Irmandade Muçulmana eleve para milhares o número de mortos entre seus seguidores.

A violência aconteceu depois que a polícia realizou uma operação para desmantelar os acampamentos dos seguidores do de Mohammed Mursi, que militou na confraria islamita até que chegou à chefia de Estado, nas praças de Rabea al Adauiya e de Al-Nahda, na capital.

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