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Irmã de Kim Jong-un ganha ainda mais poder na Coreia do Norte

A agência de inteligência da Coreia do Sul acredita que Kim Jong-un cedeu um pouco mais de sua autoridade para a irmã Kim Yo Jong

"Kim Yo Jong é uma segunda em comando de fato", disse um parlamentar sul-coreano (Jorge Silva/Reuters)

"Kim Yo Jong é uma segunda em comando de fato", disse um parlamentar sul-coreano (Jorge Silva/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 07h05.

Última atualização em 21 de agosto de 2020 às 07h07.

A agência de inteligência da Coreia do Sul acredita que Kim Yo Jong, a irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, está atuando como sua "segunda em comando de fato", mas que não foi necessariamente designada como sua sucessora, disse um parlamentar sul-coreano nesta quinta-feira.

Kim Yo Jong, que se acredita ter pouco mais de 30 anos, é a única parente próxima do líder com um papel público na política --recentemente, ela comandou uma nova campanha mais dura para pressionar a Coreia do Sul.

Ha Tae-keung, parlamentar opositor que integra o comitê de inteligência do Parlamento, disse aos repórteres que Kim está ajudando a administrar o regime com um mandato concedido pelo irmão.

"O ponto principal é que Kim Jong Un ainda detém o poder absoluto, mas cedeu um pouco mais de sua autoridade na comparação com o passado", disse Ha após uma reunião a portas fechadas do Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano.

"Kim Yo Jong é uma segunda em comando de fato", acrescentou Ha em uma transcrição de comentários vista pela Reuters.

Também se delegou mais poder em políticas econômicas e militares a várias outras autoridades de alto escalão, mas em nível menor, possivelmente para diminuir a tensão sobre Kim Jong Un e ajudá-lo a culpar outros por quaisquer fracassos, disse Ha.

Kim Yo Jong conquistou fama antes da cúpula de seu irmão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Vietnã em 2019, quando seus esforços para fazer com que tudo corresse bem incluíram segurar um cinzeiro para o líder norte-coreano em uma estação de trem durante sua viagem.

Sua proeminência na campanha contra a Coreia do Sul neste ano ressaltou um papel político substantivo, que vai além do de ser uma mera assistente de Kim, disseram analistas.

Ela emitiu seus primeiros comentários públicos para cobrir a nação vizinha de críticas, e a mídia estatal norte-coreana a retratou como alguém que participa da tomada de decisões.

Em julho, ela expressou suas opiniões a respeito da diplomacia com os EUA em um comunicado incomum na mídia estatal, dizendo que seu irmão lhe deu uma permissão especial para assistir gravações das comemorações do Dia da Independência dos EUA.

Quando surgiram rumores e especulações a respeito da saúde de Kim Jong Un em abril, sua irmã foi vista como possível substituta para assumir a dinastia familiar até um dos filhos de Kim ter idade suficiente.

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