Irlanda processará Reino Unido por tortura em tribunal
Executivo de Dublin pediu ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos a reabertura do caso dos "Encapuzados"
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 10h13.
Dublin - O governo da República da Irlanda informou nesta quarta-feira que pediu à Justiça europeia a reabertura de um suposto caso de tortura cometida pelo exército britânico contra presos católicos durante o antigo conflito na Irlanda do Norte.
A decisão "não foi tomada superficialmente", disse hoje o ministro irlandês de Relações Exteriores, Charlie Flanagan, pois opõe Dublin e Londres nos tribunais em um momento em que as brigas do passado estavam apaziguadas e suas relações atravessam um de seus melhores momentos.
No entanto, à luz de novas provas e em resposta à pressão exercida pela Anistia Internacional (AI) e outras organizações humanitárias, o Executivo de Dublin se viu obrigado a pedir ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) a reabertura do caso dos "Encapuzados".
Em 1971, 14 homens católicos foram internados indefinidamente e sem julgamento prévio pelas autoridades britânicas em campos de detenção militares desdobrados na Irlanda do Norte, onde teriam sofrido tortura.
Neste mesmo ano, o governo irlandês denunciou o caso perante a Comissão Europeia, que determinou que o tratamento dispensado aos "Encapuzados" equivalia à tortura, mas o TEDH rejeitou a acusação em 1978 e considerou que os prisioneiros não foram torturados, mas receberam um tratamento desumano e degradante.
"Após a aparição de novas provas, se pedirá que os maus tratos sofridos pelos "Encapuzados" sejam reconhecidos como tortura", disse hoje Flanagan à emissora pública "RTE".
O chefe da diplomacia irlandesa explicou que a solicitação formal de reabertura do caso pode ser apresentada após o Ano Novo. O chanceler acredita que o tribunal pode emitir uma decisão sobre o caso nos "próximos dois anos".
Os "Encapuzados" sempre sustentaram que durante sua detenção sofreram técnicas de tortura como terem as cabeças cobertas, estresse, ameaças de morte e privação de sono, comida e água.
De acordo com as novas provas descobertas por um documentário da "RTE" transmitido em junho, os homens foram detidos em 1971 e transportado em um helicóptero para um lugar secreto, que se revalria uma base do exército britânico situada nos arredores da cidade de Derry.
Até o momento, ninguém foi julgado pelo caso. O conflito norte-irlandês deixou 3.500 mortos em quase quatro décadas.
Dublin - O governo da República da Irlanda informou nesta quarta-feira que pediu à Justiça europeia a reabertura de um suposto caso de tortura cometida pelo exército britânico contra presos católicos durante o antigo conflito na Irlanda do Norte.
A decisão "não foi tomada superficialmente", disse hoje o ministro irlandês de Relações Exteriores, Charlie Flanagan, pois opõe Dublin e Londres nos tribunais em um momento em que as brigas do passado estavam apaziguadas e suas relações atravessam um de seus melhores momentos.
No entanto, à luz de novas provas e em resposta à pressão exercida pela Anistia Internacional (AI) e outras organizações humanitárias, o Executivo de Dublin se viu obrigado a pedir ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) a reabertura do caso dos "Encapuzados".
Em 1971, 14 homens católicos foram internados indefinidamente e sem julgamento prévio pelas autoridades britânicas em campos de detenção militares desdobrados na Irlanda do Norte, onde teriam sofrido tortura.
Neste mesmo ano, o governo irlandês denunciou o caso perante a Comissão Europeia, que determinou que o tratamento dispensado aos "Encapuzados" equivalia à tortura, mas o TEDH rejeitou a acusação em 1978 e considerou que os prisioneiros não foram torturados, mas receberam um tratamento desumano e degradante.
"Após a aparição de novas provas, se pedirá que os maus tratos sofridos pelos "Encapuzados" sejam reconhecidos como tortura", disse hoje Flanagan à emissora pública "RTE".
O chefe da diplomacia irlandesa explicou que a solicitação formal de reabertura do caso pode ser apresentada após o Ano Novo. O chanceler acredita que o tribunal pode emitir uma decisão sobre o caso nos "próximos dois anos".
Os "Encapuzados" sempre sustentaram que durante sua detenção sofreram técnicas de tortura como terem as cabeças cobertas, estresse, ameaças de morte e privação de sono, comida e água.
De acordo com as novas provas descobertas por um documentário da "RTE" transmitido em junho, os homens foram detidos em 1971 e transportado em um helicóptero para um lugar secreto, que se revalria uma base do exército britânico situada nos arredores da cidade de Derry.
Até o momento, ninguém foi julgado pelo caso. O conflito norte-irlandês deixou 3.500 mortos em quase quatro décadas.