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Premiê do Iraque vê saída das tropas estrangeiras como "única solução"

Após o assassinato do general Soleimani, o Parlamento iraquiano aprovou a expulsão de tropas americanas do país

Iraque: ataque com drone aumentou a tensão entre EUA e o Oriente Médio (Marinelle Coronel Hernandez / EyeEm/Getty Images)
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EFE

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 16h07.

Última atualização em 7 de janeiro de 2020 às 16h47.

Bagdad — O primeiro-ministro do Iraque , Adel Abdel Mahdi, afirmou nesta terça-feira ao Conselho de Ministros que considera a saída das tropas internacionais em atuação no país como a "única solução" em meio à crise detonada no Oriente Médio após o ataque com um drone dos Estados Unidos que na última sexta-feira matou em Bagdá um dos principais líderes militares do Irã.

"O que sugerimos ao Parlamento sobre a saída das forças (estrangeiras) é a única solução (...) Não temos outra saída", defendeu o premiê e também comandante das Forças Armadas iraquianas em discurso.

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Abdel Mahdi argumentou que o Iraque já viveu entre 2011 e 2014 sem a presença de tropas internacionais e que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) é hoje muito mais "frágil" - em referência à principal missão da coalizão liderada pelos EUA no país, a de combater a organização.

O premiê também confirmou o recebimento de uma carta do Comando dos Estados Unidos com uma referência "clara" a uma "retirada" das tropas americanas, apesar de algumas horas depois o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, ter negado que elas deixariam o Iraque.

De acordo com Abdel Mahdi, o Iraque tentou verificar a autenticidade da carta e teve a atenção chamada para o fato de que "a tradução para o árabe de um dos parágrafos era contrária ao texto inglês", e com isso o Comando dos EUA enviou uma segunda versão que coincidia com a língua original.

O Parlamento iraquiano aprovou no domingo uma moção solicitando ao governo para que ponha fim à presença de qualquer força estrangeira no país e cancele o pedido de ajuda da coalizão internacional contra o Estado Islâmico.

A aliança tinha anunciado apenas uma hora antes que suspenderia as atividades de apoio e treinamento às tropas iraquianas para se concentrar na proteção das bases onde atuam no Iraque.

 

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