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Irã pede que o Ocidente abandone a "linguagem da força"

Pedido ocorre três dias depois da retomada das negociações sobre sua política nuclear

O chefe dos negociadores iranianos, Said Jalili, indicou na terça-feira que o Irã apresentará "novas iniciativas" para tentar resolver a crise, sem dar mais detalhes (©AFP / Ho)
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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2012 às 16h21.

Teerã - O regime iraniano demonstrou novamente a sua firmeza nesta quarta-feira, três dias depois da retomada das negociações sobre sua política nuclear, ao exigir que o Ocidente abandone a "linguagem da força" e com o anúncio da suspensão da venda de petróleo a vários países europeus.

Os ocidentais "insultam constantemente o povo iraniano e utilizam a linguagem da força e do insulto. No entanto, digo em nome do povo iraniano que esse método não dará resultados", declarou.

Ao mesmo tempo, a rede de televisão em árabe Al-Alam informou que o " Irã suspendeu suas exportações para a Alemanha, depois de uma medida idêntica com a França e a Grã-Bretanha", tomada em fevereiro, e disse que "é possível que as exportações para a Itália também sejam suspensas".

O Irã, segundo país produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), anunciou nesta terça-feira a suspensão das vendas para a Espanha e Grécia, ainda que um porta-voz do ministério espanhol de Relações Exteriores tenha afirmado que a Espanha deixou de importar o petróleo iraniano "no fim de fevereiro".

"A República Islâmica do Irã também decidiu sancionar 100 empresas europeias e proibir a importação de seus produtos em resposta às sanções ilegais e unilaterais da União Europeia", acrescentou o Al Alam, que cita uma fonte anônima.

Essas medidas são uma resposta à decisão da União Europeia, em 24 de janeiro, de impor um embargo petroleiro gradual sem precedentes ao Irã e sancionar ao Banco Central Europeu iraniano para estrangular o financiamento de seu polêmico programa nuclear.

A comunidade internacional suspeita, apesar de Teerã negar, que o Irã esconde objetivos militares por trás de seu programa nuclear civil.

A República Islâmica já foi condenada por seis resoluções da ONU, que incluem quatro rodadas de sanções. Essas medidas foram reforçadas em 2010 com um embargo comercial, financeiro e petrolífero dos Estados Unidos e da Europa.

Esses anúncios foram feitos três dias antes do retorno das negociações entre o Irã e os países do grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha), previstas para o sábado em Istambul.

O chefe dos negociadores iranianos, Said Jalili, indicou na terça-feira que o Irã apresentará "novas iniciativas" para tentar resolver a crise, sem dar mais detalhes.

Washington pediu nesta segunda-feira que Teerã apresente "medidas concretas" para convencer as grandes potências de que não pretende ter uma bomba atômica.

"A delegação iraniana terá novas iniciativas e esperamos que a outra parte tenha uma abordagem idêntica e construtiva para as negociações", respondeu Jalili em declarações à emissora Al-Alam.

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Teerã - O regime iraniano demonstrou novamente a sua firmeza nesta quarta-feira, três dias depois da retomada das negociações sobre sua política nuclear, ao exigir que o Ocidente abandone a "linguagem da força" e com o anúncio da suspensão da venda de petróleo a vários países europeus.

Os ocidentais "insultam constantemente o povo iraniano e utilizam a linguagem da força e do insulto. No entanto, digo em nome do povo iraniano que esse método não dará resultados", declarou.

Ao mesmo tempo, a rede de televisão em árabe Al-Alam informou que o " Irã suspendeu suas exportações para a Alemanha, depois de uma medida idêntica com a França e a Grã-Bretanha", tomada em fevereiro, e disse que "é possível que as exportações para a Itália também sejam suspensas".

O Irã, segundo país produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), anunciou nesta terça-feira a suspensão das vendas para a Espanha e Grécia, ainda que um porta-voz do ministério espanhol de Relações Exteriores tenha afirmado que a Espanha deixou de importar o petróleo iraniano "no fim de fevereiro".

"A República Islâmica do Irã também decidiu sancionar 100 empresas europeias e proibir a importação de seus produtos em resposta às sanções ilegais e unilaterais da União Europeia", acrescentou o Al Alam, que cita uma fonte anônima.

Essas medidas são uma resposta à decisão da União Europeia, em 24 de janeiro, de impor um embargo petroleiro gradual sem precedentes ao Irã e sancionar ao Banco Central Europeu iraniano para estrangular o financiamento de seu polêmico programa nuclear.

A comunidade internacional suspeita, apesar de Teerã negar, que o Irã esconde objetivos militares por trás de seu programa nuclear civil.

A República Islâmica já foi condenada por seis resoluções da ONU, que incluem quatro rodadas de sanções. Essas medidas foram reforçadas em 2010 com um embargo comercial, financeiro e petrolífero dos Estados Unidos e da Europa.

Esses anúncios foram feitos três dias antes do retorno das negociações entre o Irã e os países do grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha), previstas para o sábado em Istambul.

O chefe dos negociadores iranianos, Said Jalili, indicou na terça-feira que o Irã apresentará "novas iniciativas" para tentar resolver a crise, sem dar mais detalhes.

Washington pediu nesta segunda-feira que Teerã apresente "medidas concretas" para convencer as grandes potências de que não pretende ter uma bomba atômica.

"A delegação iraniana terá novas iniciativas e esperamos que a outra parte tenha uma abordagem idêntica e construtiva para as negociações", respondeu Jalili em declarações à emissora Al-Alam.

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