Irã diz que medida dos EUA ameaça acordo nuclear
Autoridades ocidentais minimizaram a afirmação de que o acordo esteja em perigo
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 15h15.
Teerã - O Irã declarou nesta sexta-feira que o acordo nuclear fechado com as potências mundiais está ameaçado depois de os Estados Unidos terem estendido sua lista de pessoas e empresas acusadas de ajudar Teerã a burlar as sanções impostas ao país por causa de seu programa nuclear. Mas autoridades ocidentais minimizaram a afirmação de que o acordo esteja em perigo.
O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Seyed Abade Araqchi, disse à agência de notícias Irna que o país estava estudando uma resposta à medida norte-americana, que um porta-voz do Ministério considerou imprudente. A medida também foi criticada por membros do Parlamento e outras autoridades do Irã.
Autoridades norte-americanas e europeias reconheceram que as conversações, que envolveram técnicos dos dois lados, foram adiadas após quatro dias de negociações em Viena, mas afirmaram que devem ser retomadas em breve.
"Estamos fazendo progressos, mas acho que estamos num ponto das conversações na qual os participantes sentem a necessidade de realizar consultas", disse o secretário de Estado norte-americano John Kerry aos jornalistas em Tel-Aviv. Ele disse esperar que as negociações sejam retomadas "em breve".
Uma graduada autoridade de Bruxelas disse que a suspensão deve permitir que especialistas nucleares voltem para seus países e recebam orientação política. Outro diplomata europeu disse entender que a suspensão aconteceu em parte como um protesto do Irã em relação às medidas norte-americanas, mas afirmou que não há um sentimento de impasse sobre questões técnicas. "Não estamos em pânico", disse o diplomata.
Na quinta-feira, os Departamentos do Tesouro e de Estado colocaram em sua lista negra mais de dez empresas e pessoas no Irã por supostamente ajudarem o governo iraniano a buscar equipamentos para seus programas nuclear e de mísseis e ajudar o país a burlar as sanções ao petróleo do país.
Ao mesmo tempo, a Casa Branca impediu o Congresso de aprovar novas sanções contra o Irã, pelo menos até o final do ano, enquanto as negociações sobre o acordo continuam.
O acordo, fechado no mês passado, foi o primeiro avanço nos últimos anos a respeito das discussões internacionais do programa nuclear iraniano. Ele é visto como um passo inicial na direção de um acordo mais amplo.
Autoridades norte-americanas e europeias disseram que manterão as sanções já existentes, embora estejam se preparando para aliviar algumas delas como parte do pacto, fechado em 24 de novembro.
Essas autoridades afirmaram ter deixado claro para o Irã, durante as conversações em Genebra, que poderiam acrescentar mais empresas e pessoas à lista de pessoas sob sanção e encontrassem evidências de estavam ajudando o país a burlar as sanções ou contribuindo com o programa nuclear iraniano. Porém, UE e Estados Unidos prometeram não impor novas sanções.
Teerã insiste que seu programa nuclear é absolutamente pacífico, tem propósitos civis e nega que tenha como objetivo o desenvolvimento de armas nucleares. Fonte: Dow Jones Newswires.
Teerã - O Irã declarou nesta sexta-feira que o acordo nuclear fechado com as potências mundiais está ameaçado depois de os Estados Unidos terem estendido sua lista de pessoas e empresas acusadas de ajudar Teerã a burlar as sanções impostas ao país por causa de seu programa nuclear. Mas autoridades ocidentais minimizaram a afirmação de que o acordo esteja em perigo.
O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Seyed Abade Araqchi, disse à agência de notícias Irna que o país estava estudando uma resposta à medida norte-americana, que um porta-voz do Ministério considerou imprudente. A medida também foi criticada por membros do Parlamento e outras autoridades do Irã.
Autoridades norte-americanas e europeias reconheceram que as conversações, que envolveram técnicos dos dois lados, foram adiadas após quatro dias de negociações em Viena, mas afirmaram que devem ser retomadas em breve.
"Estamos fazendo progressos, mas acho que estamos num ponto das conversações na qual os participantes sentem a necessidade de realizar consultas", disse o secretário de Estado norte-americano John Kerry aos jornalistas em Tel-Aviv. Ele disse esperar que as negociações sejam retomadas "em breve".
Uma graduada autoridade de Bruxelas disse que a suspensão deve permitir que especialistas nucleares voltem para seus países e recebam orientação política. Outro diplomata europeu disse entender que a suspensão aconteceu em parte como um protesto do Irã em relação às medidas norte-americanas, mas afirmou que não há um sentimento de impasse sobre questões técnicas. "Não estamos em pânico", disse o diplomata.
Na quinta-feira, os Departamentos do Tesouro e de Estado colocaram em sua lista negra mais de dez empresas e pessoas no Irã por supostamente ajudarem o governo iraniano a buscar equipamentos para seus programas nuclear e de mísseis e ajudar o país a burlar as sanções ao petróleo do país.
Ao mesmo tempo, a Casa Branca impediu o Congresso de aprovar novas sanções contra o Irã, pelo menos até o final do ano, enquanto as negociações sobre o acordo continuam.
O acordo, fechado no mês passado, foi o primeiro avanço nos últimos anos a respeito das discussões internacionais do programa nuclear iraniano. Ele é visto como um passo inicial na direção de um acordo mais amplo.
Autoridades norte-americanas e europeias disseram que manterão as sanções já existentes, embora estejam se preparando para aliviar algumas delas como parte do pacto, fechado em 24 de novembro.
Essas autoridades afirmaram ter deixado claro para o Irã, durante as conversações em Genebra, que poderiam acrescentar mais empresas e pessoas à lista de pessoas sob sanção e encontrassem evidências de estavam ajudando o país a burlar as sanções ou contribuindo com o programa nuclear iraniano. Porém, UE e Estados Unidos prometeram não impor novas sanções.
Teerã insiste que seu programa nuclear é absolutamente pacífico, tem propósitos civis e nega que tenha como objetivo o desenvolvimento de armas nucleares. Fonte: Dow Jones Newswires.