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Irã detém jovens partidários e influentes na rede Telegram

As detenções tiveram como alvo jovens ativos na rede e partidários de Rohani e dos reformistas

Irã: detenções ocorrem enquanto o país se prepara para realizar eleições presidenciais (Morteza Nikoubazl/File Photo/Reuters)
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EFE

Publicado em 10 de abril de 2017 às 13h30.

Última atualização em 10 de abril de 2017 às 13h32.

Teerã - O presidente iraniano , Hassan Rohani, confirmou nesta segunda-feira que as forças da ordem detiveram "diversos jovens" no país, principalmente ativistas reformistas responsáveis por alguns canais da rede social "Telegram".

Em uma coletiva de imprensa, Rohani afirmou que ordenou tanto ao ministro de Interior como de Inteligência que "acompanhassem" a detenção destas pessoas.

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Segundo o relatório do Ministério de Inteligência, os detidos "não cometeram nenhum crime", acrescentou Rohani, que evitou dar detalhes mais sobre o assunto.

As detenções tiveram como alvo jovens ativos na rede social Telegram e partidários de Rohani e dos reformistas, e ocorrem enquanto o país se prepara para realizar eleições presidenciais em 19 de maio, nas quais o atual governante tenta a reeleição frente aos conservadores.

"As pessoas devem falar com uma voz audível para que os demais os escutem. Se não fosse pelos esforços do Governo, eles teriam fechado todas as redes sociais", indicou o chefe do poder executivo iraniano, em uma alusão aos órgãos de segurança do país, supostos responsáveis pelas detenções.

Rohani também apontou que na esfera cultural seu governo se esforçou para "reabrir casas culturais que estavam fechadas, facilitar permissões para rodar filmes e editar livros e ter um ambiente mais aberto nas universidades".

"Nosso sucesso não foi total, minha satisfação é média neste sentido, alguns temas não estavam em nossas mãos", se desculpou.

Previamente, o ministro iraniano de Inteligência, Mahmoud Alavi, disse, com relação às detenções, que "o governo desde o começo esteve contra "elas e que seu objetivo é que o tema seja solucionado de forma "pacífica e os dirigentes desses canais sejam libertados", segundo meios locais.

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