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Irã crítica coalizão impulsionada por EUA contra o EI

O Irã mostrou desconfiança da coalizão que os EUA impulsionam para lutar contra os jihadistas do Estado Islâmico


	Militantes do Estado Islâmico: Irã assinalou que há "sérias ambiguidades" no plano
 (REUTERS/Stringer)

Militantes do Estado Islâmico: Irã assinalou que há "sérias ambiguidades" no plano (REUTERS/Stringer)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 09h42.

Teerã - Irã mostrou hoje sua desconfiança da coalizão que os Estados Unidos impulsionam para lutar contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e Síria, assinalou que há "sérias ambiguidades" sobre suas intenções e acusou a vários de seus membros de apoiar o terrorismo.

"Há dúvidas sobre a seriedade e honestidade da coalizão que se formou após a cúpula da Otan para a luta contra os terroristas", assinalou hoje a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Marzie Afjam, informou a agência nacional iraniana "Irna".

Segundo a porta-voz, "alguns membros" da nova coalizão estão entre os países que dão apoio financeiro e de segurança a grupos terroristas no Iraque e na Síria, enquanto outros não cumpriram com suas obrigações internacionais em relação a esses países.

Afjam criticou o que considera uma longa história de duplos padrões no Ocidente e o uso seletivo do terrorismo e do extremismo que, segundo ela, "está por trás do surgimento de novos ramos (terroristas) em diferentes partes do mundo".

"Os países ocidentais devem evitar fazer esse tipo de gestos e manobras políticas e demonstrar sua honestidade realizando uma guerra coletiva e em massa contra o terrorismo e o extremismo, se realmente os assusta que este se espalhe", assegurou Afjam.

O jornal conservador iraniano "Javan", por sua vez, assegurou hoje em uma coluna de opinião que a nova coalizão é uma fórmula para "expandir as fronteiras da Otan em novas áreas como Golfo Pérsico e subcontinente indiano".

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