Na invasão, os jovens queimaram bandeiras, destruíram quadros da rainha Elizabeth e documentos, além de causarem números prejuízos ao prédio (Atta Kenare/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 09h15.
Teerã - O Irã avisou o Reino Unido que terá de 'aceitar as consequências' do fechamento de sua embaixada em Teerã e da expulsão de todos os diplomatas iranianos de Londres e advertiu aos demais países europeus que 'não sigam a mesma linha política dos britânicos', informou nesta quinta-feira a agência oficial, 'Irna'.
Para o chefe da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento, Alaedin Boroujerdi, a atuação da Polícia iraniana no ataque à embaixada do Reino Unido desta terça-feira em Teerã foi muito melhor do que a da (Polícia) britânica em 1980, quando do ataque terrorista a sede diplomática iraniana em Londres com dois diplomatas mortos.
Boroujerdi ressaltou que, após a ocupação de duas salas da embaixada britânica pelos estudantes islâmicos, a Polícia iraniana, que está investigando os fatos, deteve manifestantes. Na invasão, os jovens queimaram bandeiras, destruíram quadros da rainha Elizabeth e documentos, além de causarem números prejuízos ao prédio.
A ocupação da sede diplomática ocorreu após o Irã decidir reduzir as relações com o Reino Unido ao nível de negócios, o que na prática significa a expulsão do embaixador britânico de Teerã, devido às novas sanções financeiras impostas por esse país aos iranianos.
Após o ataque, o Governo britânico decidiu na quarta-feira fechar sua embaixada em Teerã, retirou todos os seus diplomatas do país. Deu ainda prazo de 48 horas para que os diplomatas iranianos deixem o Reino Unido, ao tempo em que reivindicou o fechamento de sua legação na capital inglesa.
Para Boroujerdi, o 'Irã não tinha adotado a decisão de expulsar (todos) os diplomatas do Reino Unido de Teerã', mas considerou que a decisão adotada por Londres equivale à adotada em 1980 pelos Estados Unidos de romper as relações com o Irã.
O Reino Unido assinalou que não rompeu as relações com o Irã, mas reduziu 'ao nível mais baixo compatível com manter as relações diplomáticas'.