A Aiea afirmou que os níveis de iodo-131 não constituíam nenhum perigo para a saúde pública e não foram causados pelo acidente nuclear de Fukushima, no Japão (Samuel Kubani/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 11h35.
Budapeste - Um centro de pesquisa em Budapeste foi a origem de parte da fuga de iodo-131 detectada este mês em vários países da Europa Central, e que segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), não representa perigo para a saúde.
O Instituto Isótopos da capital húngara reconheceu nesta quinta-feira em comunicado que já no primeiro semestre do ano foi detectada uma fuga do isótopo iodo-131, usado no tratamento de problemas de tireóide, através das chaminés do laboratório.
Após revisar as instalações, a produção se reiniciou em setembro, mas voltou a ser suspensa para reparar os sistemas de filtro quando a empresa comprovou que os níveis de emissões não tinham voltado aos níveis usuais.
A Aiea informou em 11 de novembro que tinha recebido das autoridades da República Tcheca informações sobre níveis muito baixos de iodo-131 medidos na atmosfera do país.
Também foram realizadas medições similares na Hungria, Áustria, Eslováquia, Alemanha e França. A Aiea afirmou que os níveis de iodo-131 não constituíam nenhum perigo para a saúde pública e não foram causados pelo acidente nuclear de Fukushima, no Japão.
O Instituto Isótopos também insistiu que a concentração de iodo-131 não significa nenhum risco para a saúde. Além disso, a empresa lembrou que o iodo-131 é produzido em outros países como França, Holanda, Bulgária e Polônia.
Em declarações ao portal index.Hu, Mihály Lakatos, diretor do instituto, afirmou que a fuga registrada em Budapeste não causou toda a radiação medida na Europa, mas influenciou nela.