Investigadores se reúnem para análisar peça de Boeing MH370
O fragmento de asa encontrado, chamado flaperon, chegou no sábado a um laboratório de Toulouse (sul da França), onde será examinado a partir de quarta-feira
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2015 às 12h28.
Cinco dias após a descoberta de um fragmento de asa procedente de um Boeing 777 na ilha francesa Reunião, gendarmes e especialistas franceses e malaios se reúnem nesta segunda-feira, em Paris, para coordenar a investigação sobre o desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines .
O fragmento de asa encontrado, chamado flaperon, chegou no sábado a um laboratório de Toulouse (sul da França), onde será examinado a partir de quarta-feira.
Os resultados poderiam determinar se é realmente um pedaço do Boeing 777 que desapareceu misteriosamente em 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo (incluindo 153 chineses).
O rastro desde voo que viajava entre Kuala Lumpur e Pequim foi perdido sobre o oceano Índico, após sair do seu plano de voo por alguma razão ainda não esclarecida.
A justiça francesa também assumiu a investigação porque quatro das vítimas da catástrofe eram franceses.
A explicação mais plausível do ocorrido, segundo os responsáveis pela investigação, é que uma queda brusca do nível de oxigênio da aeronave deixou a tripulação e os passageiros inconscientes. O avião teria passado a voar no piloto automático até sua queda no mar por falta de combustível.
Depois de vários alarmes falsos, as famílias dos desaparecidos duvidam das autoridades dos países envolvidos nos trabalhos de busca.
O acidente gerou todo tipo de especulações sobre o destino do avião, de uma falha mecânica ou estrutural a um ato terrorista.
Em 29 de janeiro, a Malásia declarou oficialmente que o desaparecimento havia sido um acidente e que os passageiros eram dados como mortos, provocando a ira de suas famílias.
Agora, à espera do início das análises técnicas, uma delegação malaia de cinco pessoas, liderada pelo diretor-geral de aviação civil Azharuddin Abdul Rahman e composta por representantes da Malaysia Airlines e da justiça, chegaram pouco antes das 12H00 GMT (8h00 de Brasília) ao palácio da justiça de Paris para se encontrar com um dos três juízes responsáveis pelo caso.
Investigadores do setor de pesquisa da gendarmeria dos transportes aéreos (SRGTA) e representantes do Bureau de Investigações e Análises (BEA) também participam da reunião.
Milagres
Na ilha de Reunião, o vice-prefeito de Saint-André, adverte para "falsas esperanças": "Estamos tentando reabrir uma ferida que talvez não esteja fechada e provavelmente nunca será", disse Marie-Lise-To-Chane.
"As famílias precisam saber a verdade sobre o que aconteceu para iniciar o luto, mas em tal contexto, é importante não dar falsas esperanças. Vamos esperar os resultados da investigação", ressaltou.
A única certeza, por enquanto: o fragmento de asa é de um Boeing 777. "Isso foi verificado pelas autoridades francesas junto ao fabricante Boeing, o NTSB americano (a agência de segurança dos transportes) e a equipe da Malásia", confirmou o ministério dos Transportes da Malásia.
A pista do MH370 parece mais concreta do que nunca, especialmente por nenhum outro acidente aéreo ter envolvido este tipo de aeronave na região.
A Boeing também vai enviar uma equipe "técnica" para participar das análises em Toulouse, na companhia de representantes franceses, malaios, chineses e americanos.
"A peça será avaliada com meios físicos e químicos modernos, especialmente com um microscópio de varredura eletrônica que pode aumentar em até 100.000 vezes, a fim de compreender os pontos de ruptura da peça", como foi danificada, indicou à AFP Pierre Bascary, ex-diretor de testes da Direção Geral de Armamento (DGA).
Mas, além da identificação do voo, as análises não serão capazes de desenhar o cenário da catástrofe, segundo os especialistas.
"Nós não devemos esperar milagres a partir desta análise", insiste o ex-diretor do BEA John Paul Troadec.
O BEA, órgão público do ministério dos Transportes francês, é desde as buscas no mar "o representante acreditado" na investigação liderada pela Malásia e a Austrália sobre o MH370, exercendo papel de assessor técnico e coordenando as informações das autoridades malaias, australianas e francesas.
Cinco dias após a descoberta de um fragmento de asa procedente de um Boeing 777 na ilha francesa Reunião, gendarmes e especialistas franceses e malaios se reúnem nesta segunda-feira, em Paris, para coordenar a investigação sobre o desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines .
O fragmento de asa encontrado, chamado flaperon, chegou no sábado a um laboratório de Toulouse (sul da França), onde será examinado a partir de quarta-feira.
Os resultados poderiam determinar se é realmente um pedaço do Boeing 777 que desapareceu misteriosamente em 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo (incluindo 153 chineses).
O rastro desde voo que viajava entre Kuala Lumpur e Pequim foi perdido sobre o oceano Índico, após sair do seu plano de voo por alguma razão ainda não esclarecida.
A justiça francesa também assumiu a investigação porque quatro das vítimas da catástrofe eram franceses.
A explicação mais plausível do ocorrido, segundo os responsáveis pela investigação, é que uma queda brusca do nível de oxigênio da aeronave deixou a tripulação e os passageiros inconscientes. O avião teria passado a voar no piloto automático até sua queda no mar por falta de combustível.
Depois de vários alarmes falsos, as famílias dos desaparecidos duvidam das autoridades dos países envolvidos nos trabalhos de busca.
O acidente gerou todo tipo de especulações sobre o destino do avião, de uma falha mecânica ou estrutural a um ato terrorista.
Em 29 de janeiro, a Malásia declarou oficialmente que o desaparecimento havia sido um acidente e que os passageiros eram dados como mortos, provocando a ira de suas famílias.
Agora, à espera do início das análises técnicas, uma delegação malaia de cinco pessoas, liderada pelo diretor-geral de aviação civil Azharuddin Abdul Rahman e composta por representantes da Malaysia Airlines e da justiça, chegaram pouco antes das 12H00 GMT (8h00 de Brasília) ao palácio da justiça de Paris para se encontrar com um dos três juízes responsáveis pelo caso.
Investigadores do setor de pesquisa da gendarmeria dos transportes aéreos (SRGTA) e representantes do Bureau de Investigações e Análises (BEA) também participam da reunião.
Milagres
Na ilha de Reunião, o vice-prefeito de Saint-André, adverte para "falsas esperanças": "Estamos tentando reabrir uma ferida que talvez não esteja fechada e provavelmente nunca será", disse Marie-Lise-To-Chane.
"As famílias precisam saber a verdade sobre o que aconteceu para iniciar o luto, mas em tal contexto, é importante não dar falsas esperanças. Vamos esperar os resultados da investigação", ressaltou.
A única certeza, por enquanto: o fragmento de asa é de um Boeing 777. "Isso foi verificado pelas autoridades francesas junto ao fabricante Boeing, o NTSB americano (a agência de segurança dos transportes) e a equipe da Malásia", confirmou o ministério dos Transportes da Malásia.
A pista do MH370 parece mais concreta do que nunca, especialmente por nenhum outro acidente aéreo ter envolvido este tipo de aeronave na região.
A Boeing também vai enviar uma equipe "técnica" para participar das análises em Toulouse, na companhia de representantes franceses, malaios, chineses e americanos.
"A peça será avaliada com meios físicos e químicos modernos, especialmente com um microscópio de varredura eletrônica que pode aumentar em até 100.000 vezes, a fim de compreender os pontos de ruptura da peça", como foi danificada, indicou à AFP Pierre Bascary, ex-diretor de testes da Direção Geral de Armamento (DGA).
Mas, além da identificação do voo, as análises não serão capazes de desenhar o cenário da catástrofe, segundo os especialistas.
"Nós não devemos esperar milagres a partir desta análise", insiste o ex-diretor do BEA John Paul Troadec.
O BEA, órgão público do ministério dos Transportes francês, é desde as buscas no mar "o representante acreditado" na investigação liderada pela Malásia e a Austrália sobre o MH370, exercendo papel de assessor técnico e coordenando as informações das autoridades malaias, australianas e francesas.