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Intervenção na Síria sem relatório é prematura, diz Rússia

Para a Rússia, levar resolução para legitimar a intervenção militar sem analisar o relatório de especialistas sobre ataque químico é prematuro

Peritos da ONU visitam pessoas afetadas por aparente ataque com gás: tudo aponta para um ataque contra instalações militares sírias (Abo Alnour Alhaji/Reuters)

Peritos da ONU visitam pessoas afetadas por aparente ataque com gás: tudo aponta para um ataque contra instalações militares sírias (Abo Alnour Alhaji/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 13h38.

Moscou - Para a Rússia, levar ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução para legitimar a intervenção militar na Síria, como quer o Reino Unido, sem analisar o relatório de especialistas sobre o suposto ataque com armas químicas pelo exército sírio é prematuro.

"Discutir sobre qualquer reação do Conselho de Segurança antes que os especialistas da ONU que trabalham na Síria apresentem seu relatório é prematuro", disse à agência "Interfax" o vice-primeiro-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Vladimir Titov.

Pouco antes, o chefe do comitê de Assuntos Internacionais da Duma (Câmara dos Deputados russa), Alexei Pushkov, denunciou que o projeto de resolução que o Reino Unido levará nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança é uma manobra tática para justificar um ataque unilateral contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.

O deputado, do partido governista Rússia Unida, acredita que a proposta busca justificar a iminente operação militar sem mandato da ONU com o argumento de que até o último momento tentou-se convencer o Conselho de Segurança a intervir na Síria.

"Querem mostrar que levam em conta o Conselho de Segurança. É possível prever o desenrolar dos acontecimentos. Se a resolução for rejeitada, Estados Unidos e Reino Unido dirão que estão certos de suas razões e da necessidade de atacar a Síria", criticou Pushkov.

Apesar das declarações oficiais tanto do Reino Unido quanto dos Estados Unidos de que a decisão não está tomada, tudo aponta para um ataque iminente contra instalações militares vitais do regime sírio, em represália ao suposto uso de armas químicas nos arredores de Damasco.

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