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Inea insiste que novo autódromo do RJ não afeta floresta

Subsecretário executivo do Inea, Luiz Firmino disse que os técnicos do instituto constataram que a maior parte do terreno é mata em estágio inicial

Região de Mata Atlântica, no Rio de Janeiro: "O Inea jamais daria licença para um local onde a Mata Atlântica não possa ser suprimida”, argumentou Firmino (Frans Lanting/Corbis)
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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 15h40.

Rio de Janeiro – O subsecretário executivo do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino, disse hoje (28) que não existe nenhum impedimento legal para a construção de um novo autódromo para as Olimpíadas de 2016 , em Deodoro, zona oeste da cidade.

Firmino espera receber ainda hoje uma recomendação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) para que o Inea anule a licença prévia que deu para a construção do autódromo, sob alegação de que causaria danos à Mata Atlântica na região do Morro do Camboatá.

“Estamos aguardando a recomendação do Ministério Público Estadual, que já foi divulgado para a imprensa mas ainda não chegou formalmente para o Inea. O Inea jamais daria licença para um local onde a Mata Atlântica não possa ser suprimida”, argumentou.

O dirigente avalia que o Ministério Público também vai propor alternativa. “Acho que o MP deve alegar que teria uma outra área com ainda menos vegetação, que seria melhor, mas precisamos saber de quem é essa área, se está disponível ou não. Só teremos uma decisão depois de sabermos o que o MP está defendendo”.

Firmino disse que os técnicos do instituto constataram que a maior parte do terreno é mata em estágio inicial. “Há uma pequena parte de mata em estado médio de regeneração, mas que, por lei, também é passível de supressão. Além disso, o empreendedor terá que plantar cinco vezes mais do que será tirado”.


O MP-RJ abriu inquérito sobre o caso em maio para apurar possíveis irregularidades ambientais, caso a nova instalação automobilística seja erguida em Deodoro. De acordo com a instituição, no início de junho, técnicos do ministério, do Inea e da Secretaria do Ambiente foram a Deodoro inspecionar a viabilidade ambiental do novo autódromo.

Após a visita, os pareceres foram entregues ao Ministério Público, que elaborou então recomendação pedindo a suspensão da licença prévia que o Inea deu no ano passado para a construção do novo autódromo.

Em abril, o Conselho Municipal de Meio Ambiente aprovou parecer contrário à construção do autódromo por considerar que o projeto causaria impactos para as espécies remanescentes de Mata Atlântica e que a região quase não tem áreas verdes. O prefeito Eduardo Paes, porém, não acatou o parecer e manteve a autorização.

O parque olímpico em Jacarepaguá só poderá ser construído após a demolição do Autódromo Internacional Nelson Piquet (Autódromo de Jacarepaguá). Por exigência de um compromisso judicial assinado entre a prefeitura e a Confederação Brasileira de Automobilismo, antes de ser demolido o equipamento atual, a entidade precisa aprovar o novo local.

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Firmino espera receber ainda hoje uma recomendação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) para que o Inea anule a licença prévia que deu para a construção do autódromo, sob alegação de que causaria danos à Mata Atlântica na região do Morro do Camboatá.

“Estamos aguardando a recomendação do Ministério Público Estadual, que já foi divulgado para a imprensa mas ainda não chegou formalmente para o Inea. O Inea jamais daria licença para um local onde a Mata Atlântica não possa ser suprimida”, argumentou.

O dirigente avalia que o Ministério Público também vai propor alternativa. “Acho que o MP deve alegar que teria uma outra área com ainda menos vegetação, que seria melhor, mas precisamos saber de quem é essa área, se está disponível ou não. Só teremos uma decisão depois de sabermos o que o MP está defendendo”.

Firmino disse que os técnicos do instituto constataram que a maior parte do terreno é mata em estágio inicial. “Há uma pequena parte de mata em estado médio de regeneração, mas que, por lei, também é passível de supressão. Além disso, o empreendedor terá que plantar cinco vezes mais do que será tirado”.


O MP-RJ abriu inquérito sobre o caso em maio para apurar possíveis irregularidades ambientais, caso a nova instalação automobilística seja erguida em Deodoro. De acordo com a instituição, no início de junho, técnicos do ministério, do Inea e da Secretaria do Ambiente foram a Deodoro inspecionar a viabilidade ambiental do novo autódromo.

Após a visita, os pareceres foram entregues ao Ministério Público, que elaborou então recomendação pedindo a suspensão da licença prévia que o Inea deu no ano passado para a construção do novo autódromo.

Em abril, o Conselho Municipal de Meio Ambiente aprovou parecer contrário à construção do autódromo por considerar que o projeto causaria impactos para as espécies remanescentes de Mata Atlântica e que a região quase não tem áreas verdes. O prefeito Eduardo Paes, porém, não acatou o parecer e manteve a autorização.

O parque olímpico em Jacarepaguá só poderá ser construído após a demolição do Autódromo Internacional Nelson Piquet (Autódromo de Jacarepaguá). Por exigência de um compromisso judicial assinado entre a prefeitura e a Confederação Brasileira de Automobilismo, antes de ser demolido o equipamento atual, a entidade precisa aprovar o novo local.

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