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Indiana é estuprada pela 2ª vez e pelos mesmos homens

Jovem foi sequestrada e estuprada por 5 homens. À polícia, vítima identificou os autores e lembrou que dois deles também a violentaram em 2013

Mulheres protestam contra estupro na Índia: a cada 22 minutos, uma mulher é violentada no país (Utpal Baruah/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 19 de julho de 2016 às 12h51.

São Paulo – Uma estudante indiana de 21 anos de idade foi vítima de um estupro coletivo em Rohtak, que fica no estado de Haryana e a cerca de 85 quilômetros da capital do país Nova Deli. Os autores, informaram a rede CNN e o jornal britânico The Guardian, seriam os mesmos homens que a estupraram em 2013.

O caso, que novamente causou revolta na Índia , aconteceu na semana passada. A vítima, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades do país, foi sequestrada ao deixar a faculdade e foi drogada pelo grupo formado por 5 homens. Eles a estupraram e a deixaram inconsciente em um parque local. Ela foi encontrada e levada ao hospital, onde se recupera das lesões.

Mas a história do estupro dessa jovem trouxe à tona outros detalhes assustadores. De acordo com a publicação britânica, a vítima identificou os autores e dois deles são os responsáveis pelo seu estupro anos atrás em Bhiwani, cidade vizinha de Rohtak. Na época, ela passou quatro dias sendo violentada.

Escapou com vida, procurou as autoridades e prestou queixa. Seus algozes foram presos, mas soltos mediante fiança em junho do ano passado e ainda esperavam o julgamento pelo crime de 2013. Desde então, a vítima e sua família vinham sendo alvo de ameaças e se mudaram para Rohtak na tentativa de viverem em paz. Essa esperança, no entanto, se mostrou frustrada.

A polícia agora está nas ruas para encontrar e prender esses homens.

Violência contra a mulher na Índia

Casos de estupros são frequentes na Índia e especialistas enxergam esse triste fenômeno como sendo o resultado de um ambiente que trata as mulheres e meninas como fonte de exploração, independentemente das suas idades.

Segundo uma ONG que monitora esses casos, cujas diretoras foram entrevistadas pelo site International Business Times (IBI Times), de 644 estupros avaliados em Mumbai, três quartos das vítimas eram menores de 18 anos. E em 91% deles, o estuprador era alguém do círculo social ou familiar das meninas.

Nacionalmente, os números também são chocantes. Um estudo recente feito pela agência indiana de combate ao crime revelou que 310 mil mulheres sofreram esse tipo de violência apenas em 2014. Segundo números divulgados pela CNN, a cada 22 minutos, uma mulher é vítima de estupro em algum lugar do país.

Dalit, uma casta vulnerável

A jovem do estupro em Rohtak era parte da casta “dalit”, também conhecida como “a casta dos intocáveis”. A discriminação das pessoas em castas foi proibida na Índia há mais de cinco décadas. No entanto, a prática social permanece.

Tratados com inferioridade, os membros dessa casta são presas fáceis para crimes violentos e a situação é ainda mais delicada para as mulheres.

Segundo a International Dalit Solidarity Network (IDSN), uma organização internacional que visa atuar em prol dos direitos básicos dessas pessoas, há hoje 80 milhões mulheres “dalits” na Índia. Uma pesquisa realizada pela entidade com um grupo de 500 delas revelou que ao menos 43% viveram situação de violência doméstica e 23% já haviam sido estupradas.

O caso rendeu comparações a outro estupro que chocou o país no final de abril e que culminou na morte da vítima, identificada como Jisha. Também parte dessa casta, ela tinha 30 anos, estava quase se formando na faculdade de Direito e foi encontrada morta do lado de fora da sua casa violentada e esfaqueada.

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São Paulo – Uma estudante indiana de 21 anos de idade foi vítima de um estupro coletivo em Rohtak, que fica no estado de Haryana e a cerca de 85 quilômetros da capital do país Nova Deli. Os autores, informaram a rede CNN e o jornal britânico The Guardian, seriam os mesmos homens que a estupraram em 2013.

O caso, que novamente causou revolta na Índia , aconteceu na semana passada. A vítima, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades do país, foi sequestrada ao deixar a faculdade e foi drogada pelo grupo formado por 5 homens. Eles a estupraram e a deixaram inconsciente em um parque local. Ela foi encontrada e levada ao hospital, onde se recupera das lesões.

Mas a história do estupro dessa jovem trouxe à tona outros detalhes assustadores. De acordo com a publicação britânica, a vítima identificou os autores e dois deles são os responsáveis pelo seu estupro anos atrás em Bhiwani, cidade vizinha de Rohtak. Na época, ela passou quatro dias sendo violentada.

Escapou com vida, procurou as autoridades e prestou queixa. Seus algozes foram presos, mas soltos mediante fiança em junho do ano passado e ainda esperavam o julgamento pelo crime de 2013. Desde então, a vítima e sua família vinham sendo alvo de ameaças e se mudaram para Rohtak na tentativa de viverem em paz. Essa esperança, no entanto, se mostrou frustrada.

A polícia agora está nas ruas para encontrar e prender esses homens.

Violência contra a mulher na Índia

Casos de estupros são frequentes na Índia e especialistas enxergam esse triste fenômeno como sendo o resultado de um ambiente que trata as mulheres e meninas como fonte de exploração, independentemente das suas idades.

Segundo uma ONG que monitora esses casos, cujas diretoras foram entrevistadas pelo site International Business Times (IBI Times), de 644 estupros avaliados em Mumbai, três quartos das vítimas eram menores de 18 anos. E em 91% deles, o estuprador era alguém do círculo social ou familiar das meninas.

Nacionalmente, os números também são chocantes. Um estudo recente feito pela agência indiana de combate ao crime revelou que 310 mil mulheres sofreram esse tipo de violência apenas em 2014. Segundo números divulgados pela CNN, a cada 22 minutos, uma mulher é vítima de estupro em algum lugar do país.

Dalit, uma casta vulnerável

A jovem do estupro em Rohtak era parte da casta “dalit”, também conhecida como “a casta dos intocáveis”. A discriminação das pessoas em castas foi proibida na Índia há mais de cinco décadas. No entanto, a prática social permanece.

Tratados com inferioridade, os membros dessa casta são presas fáceis para crimes violentos e a situação é ainda mais delicada para as mulheres.

Segundo a International Dalit Solidarity Network (IDSN), uma organização internacional que visa atuar em prol dos direitos básicos dessas pessoas, há hoje 80 milhões mulheres “dalits” na Índia. Uma pesquisa realizada pela entidade com um grupo de 500 delas revelou que ao menos 43% viveram situação de violência doméstica e 23% já haviam sido estupradas.

O caso rendeu comparações a outro estupro que chocou o país no final de abril e que culminou na morte da vítima, identificada como Jisha. Também parte dessa casta, ela tinha 30 anos, estava quase se formando na faculdade de Direito e foi encontrada morta do lado de fora da sua casa violentada e esfaqueada.

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