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Inclusão social é principal desafio de cidades da AL

Para quatro prefeitos, luta contra as desigualdades e a violência deve ser coordenada com o desenvolvimento urbano sustentável

Pobreza: evento, que aconteceu na universidade The New School, em Manhattan, foi organizado dentro da Cúpula Mundial de Cidades (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 06h54.

Nova York - Quatro prefeitos latino-americanos , entre eles o da cidade de Fortaleza, Roberto Cláudio, defenderam nesta quarta-feira em Nova York seus modelos de política local e coincidiram em apontar que a luta contra as desigualdades e a violência deve ser coordenada com o desenvolvimento urbano sustentável baseado na inclusão social.

Cláudio e os prefeitos de Medellín (Colômbia), Aníbal Gaviria; Guayaquil (Equador), Jaime Nebot; e Cidade do Panamá (Panamá), José Blandón, destacaram o papel das cidades para o progresso da região em uma conferência organizada pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

"A América Latina é a região mais urbanizada do mundo em desenvolvimento: 80% de seus habitantes vivem em cidades, e entre 25% e 50% destes se encontram em condições precárias. Se falamos da inclusão de uma região, as cidades são o eixo mais importante", disse à Agência Efe o vice-presidente de desenvolvimento social da CAF, José A. Carrera.

O prefeito de Medellín explicou o "modelo de avanço" para reduzir as desigualdades e a violência nas cidades, fatores que estão interrelacionados, depois que a taxa de homicídios na segunda maior cidade da Colômbia caiu 96% nos últimos 23 anos e o índice de pobreza extrema também baixou, de 8% para 2,8%.

Gaviria disse à Efe que as chaves para o progresso urbano passam pela construção de espaços públicos, "espaços de igualdade" para "derrubar fronteiras e muros", e pela educação, onde deve haver investimento desde os primeiros períodos até a educação superior.

"Não há uma fórmula mágica, mas elementos básicos. Os dois principais desafios de Medellín continuam sendo a diminuição das desigualdades e a redução da violência", opinou.

Seu colega em Guayaquil, outra cidade-modelo de desenvolvimento urbano na América Latina, coincidiu com Gaviria no que tange a construção de espaços públicos de qualidade, como escolas, bibliotecas e parques, pois "isto gera autoestima e vontade de prosperar, reduz a violência, une à família e gera emprego, economia e turismo".

Nebot afirmou que sua administração está concentrada em manter contas saneadas e em gerar "trabalho para fora, devolvendo o dinheiro em obras e serviços e não criando emprego para os partidos políticos".

"Nós gastamos 15% do orçamento com salários e os 85% restantes são investidos, nossa dívida pública se satisfaz com 4% do orçamento e temos menos burocracia do que há 15 anos quando eu cheguei, com um orçamento sete vezes maior", disse Nebot à Efe.

Roberto Cláudio, por sua vez, considerou a gestão do turismo como um dos principais desafios de Fortaleza, que busca encontrar um modelo que permita o desenvolvimento turístico sustentável no longo prazo, tanto em nível ecológico como socioeconômico, para que seus benefícios também cheguem aos mais pobres.

Finalmente, Blandón, destacou o potencial do Panamá e assegurou que a descentralização do país centro-americano é uma condição básica para reduzir as desigualdades em sua capital.

O evento, que aconteceu na universidade The New School, em Manhattan, foi organizado dentro da Cúpula Mundial de Cidades, aberta ontem pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e na qual participam representantes de quase 100 cidades.

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Nova York - Quatro prefeitos latino-americanos , entre eles o da cidade de Fortaleza, Roberto Cláudio, defenderam nesta quarta-feira em Nova York seus modelos de política local e coincidiram em apontar que a luta contra as desigualdades e a violência deve ser coordenada com o desenvolvimento urbano sustentável baseado na inclusão social.

Cláudio e os prefeitos de Medellín (Colômbia), Aníbal Gaviria; Guayaquil (Equador), Jaime Nebot; e Cidade do Panamá (Panamá), José Blandón, destacaram o papel das cidades para o progresso da região em uma conferência organizada pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

"A América Latina é a região mais urbanizada do mundo em desenvolvimento: 80% de seus habitantes vivem em cidades, e entre 25% e 50% destes se encontram em condições precárias. Se falamos da inclusão de uma região, as cidades são o eixo mais importante", disse à Agência Efe o vice-presidente de desenvolvimento social da CAF, José A. Carrera.

O prefeito de Medellín explicou o "modelo de avanço" para reduzir as desigualdades e a violência nas cidades, fatores que estão interrelacionados, depois que a taxa de homicídios na segunda maior cidade da Colômbia caiu 96% nos últimos 23 anos e o índice de pobreza extrema também baixou, de 8% para 2,8%.

Gaviria disse à Efe que as chaves para o progresso urbano passam pela construção de espaços públicos, "espaços de igualdade" para "derrubar fronteiras e muros", e pela educação, onde deve haver investimento desde os primeiros períodos até a educação superior.

"Não há uma fórmula mágica, mas elementos básicos. Os dois principais desafios de Medellín continuam sendo a diminuição das desigualdades e a redução da violência", opinou.

Seu colega em Guayaquil, outra cidade-modelo de desenvolvimento urbano na América Latina, coincidiu com Gaviria no que tange a construção de espaços públicos de qualidade, como escolas, bibliotecas e parques, pois "isto gera autoestima e vontade de prosperar, reduz a violência, une à família e gera emprego, economia e turismo".

Nebot afirmou que sua administração está concentrada em manter contas saneadas e em gerar "trabalho para fora, devolvendo o dinheiro em obras e serviços e não criando emprego para os partidos políticos".

"Nós gastamos 15% do orçamento com salários e os 85% restantes são investidos, nossa dívida pública se satisfaz com 4% do orçamento e temos menos burocracia do que há 15 anos quando eu cheguei, com um orçamento sete vezes maior", disse Nebot à Efe.

Roberto Cláudio, por sua vez, considerou a gestão do turismo como um dos principais desafios de Fortaleza, que busca encontrar um modelo que permita o desenvolvimento turístico sustentável no longo prazo, tanto em nível ecológico como socioeconômico, para que seus benefícios também cheguem aos mais pobres.

Finalmente, Blandón, destacou o potencial do Panamá e assegurou que a descentralização do país centro-americano é uma condição básica para reduzir as desigualdades em sua capital.

O evento, que aconteceu na universidade The New School, em Manhattan, foi organizado dentro da Cúpula Mundial de Cidades, aberta ontem pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e na qual participam representantes de quase 100 cidades.

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