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Imprensa critica Bloomberg por manter maratona

'Abuso de poder', diz a manchete do jornal 'New York Post' para se referir aos três geradores de 800 quilowatts que serão usados para fornecer energia à área de imprensa

Corredores na maratona de Nova York em 2011. Prova será mantida mesmo com os estragos causados pelo Furacão Sandy (Reuters)

Corredores na maratona de Nova York em 2011. Prova será mantida mesmo com os estragos causados pelo Furacão Sandy (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2012 às 15h42.

Nova York- Grande parte da imprensa nova-iorquina criticou o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, por sua decisão de manter a realização da Maratona de Nova York no próximo domingo, apesar da destruição causada pela super tempestade 'Sandy'.

Os jornais da cidade, principalmente os populares, consideram que os recursos que serão empregados na prova poderiam ser destinados para atender melhor os milhares de nova-iorquinos sem eletricidade e outros serviços, que precisam enfrentar o grande frio que atinge a região.

'Abuso de poder', diz a manchete do jornal 'New York Post' para se referir aos três geradores de 800 quilowatts que serão usados para fornecer energia à área de imprensa na maratona e que poderiam abastecer 400 imóveis.

O jornal acrescentou que também serão usados na maratona 12 caminhões da polícia utilizados até o momento para ajudar os moradores das zonas mais devastadas por 'Sandy', como Queens e Staten Island.

O 'New York Times' afirmou que os organizadores e patrocinadores da prova irão doar cerca de US$ 2,6 milhões para os desabrigados, mas destacou a grande controvérsia gerada pela prova e mencionou a oposição de moradores e membros dos serviços de emergência.

A Maratona de Nova York percorrerá, como de costume, os cinco bairros da cidade após começar em Staten Island, região gravemente castigada pela tempestade e onde foi registrada a maioria das mortes na cidade.

Bloomberg e outras autoridades municipais defendem que a realização da prova significará uma injeção de ânimo e de dinheiro nas regiões afetadas e será um símbolo da volta à normalidade na cidade de oito milhões de habitantes.

Os organizadores reconhecem que esperam pelo menos 15% a menos de corredores (cerca de 40 mil), já que muitas pessoas temem sofrer problemas para chegar e ficar na cidade.

Outros, principalmente da região de Nova York, questionam se é correto correr uma maratona ao lado de tanta gente necessitada. 'Nova York continua um desastre', lembra um colunista do 'Wall Street Journal', que se pergunta se 'esta corrida serve realmente para os interesses de uma cidade danificada'.

Já o 'New York Daily News' destacou as declarações do vereador James Oddo, líder da oposição republicana na prefeitura, que considera 'idiota' retirar policiais das zonas mais afetadas para que garantam a segurança da prova. EFE

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