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Imposto a milionários na França duraria anos

Proposta de taxar rendas superiores a 1 milhão de euros é do candidato socialista francês, François Hollande

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 21h23.

Paris - Os 75 por cento de imposto que o candidato socialista à Presidência da França , François Hollande, pretende taxar a rendas superiores a 1 milhão de euros, caso seja eleito, poderiam perdurar por muitos anos, afirmou à Reuters nesta terça-feira uma liderança da campanha de Hollande.

O assessor Michel Sapin disse que o imposto de 75 por cento foi mais uma iniciativa simbólica do que uma forma de arrecadar grandes quantias para o Estado, mas que deveria ser mantido até que os esforços de Hollande para a redução da dívida nacional sejam correspondidos, em caso de eleição do socialista.

O corte da dívida pública francesa dos atuais 89 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para a meta de 60 por cento estipulada pela União Europeia levaria "muitos anos", afirmou Sapin, ex-ministro das Finanças e atual responsável pela cartilha eleitoral de Hollande.

"Nossos esforços vão durar um longo tempo. Essa medida (taxa de 75 por cento) durará tanto quanto o excepcional sacrifício que a França tem de fazer", disse o assessor. Quando questionado se isso significaria a manutenção do imposto por vários anos, Sapin completou: "Sim, naturalmente".

Hollande é o candidato socialista nas eleições presidenciais francesas, a serem realizadas em dois turnos, marcados para 22 de abril e 6 de maio. O pleito será seguido por eleições legislativas no fim de maio e no começo de junho, com os eleitores aparentemente incomodados com o presidente conservador Nicolas Sarkozy após três anos de crise econômica.

O socialista afirma que a taxa de 75 por cento que estuda impor atingiria de 3.000 a 3.500 pessoas, e arrecadaria de 200 milhões a 300 milhões de euros por ano.

Integrantes do partido de Hollande chegaram a dizer que a medida seria temporária, levantando questões sobre a duração da aplicação do imposto.

Sapin, amigo de longa data de Hollande e possível ministro das Finanças ou mesmo primeiro-ministro em caso de vitória socialista nas urnas, também declarou que os mercados financeiros não temem um triunfo de seu partido tanto quanto os adversários gostariam de imaginar.

Ele afirmou que muitos assumiram erroneamente que os socialistas estavam em busca de uma blitz nos gastos públicos, quando Hollande teria dito apenas que visaria emendas pró-crescimento em um tratado europeu sobre dívida e contenção do déficit.

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O assessor Michel Sapin disse que o imposto de 75 por cento foi mais uma iniciativa simbólica do que uma forma de arrecadar grandes quantias para o Estado, mas que deveria ser mantido até que os esforços de Hollande para a redução da dívida nacional sejam correspondidos, em caso de eleição do socialista.

O corte da dívida pública francesa dos atuais 89 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para a meta de 60 por cento estipulada pela União Europeia levaria "muitos anos", afirmou Sapin, ex-ministro das Finanças e atual responsável pela cartilha eleitoral de Hollande.

"Nossos esforços vão durar um longo tempo. Essa medida (taxa de 75 por cento) durará tanto quanto o excepcional sacrifício que a França tem de fazer", disse o assessor. Quando questionado se isso significaria a manutenção do imposto por vários anos, Sapin completou: "Sim, naturalmente".

Hollande é o candidato socialista nas eleições presidenciais francesas, a serem realizadas em dois turnos, marcados para 22 de abril e 6 de maio. O pleito será seguido por eleições legislativas no fim de maio e no começo de junho, com os eleitores aparentemente incomodados com o presidente conservador Nicolas Sarkozy após três anos de crise econômica.

O socialista afirma que a taxa de 75 por cento que estuda impor atingiria de 3.000 a 3.500 pessoas, e arrecadaria de 200 milhões a 300 milhões de euros por ano.

Integrantes do partido de Hollande chegaram a dizer que a medida seria temporária, levantando questões sobre a duração da aplicação do imposto.

Sapin, amigo de longa data de Hollande e possível ministro das Finanças ou mesmo primeiro-ministro em caso de vitória socialista nas urnas, também declarou que os mercados financeiros não temem um triunfo de seu partido tanto quanto os adversários gostariam de imaginar.

Ele afirmou que muitos assumiram erroneamente que os socialistas estavam em busca de uma blitz nos gastos públicos, quando Hollande teria dito apenas que visaria emendas pró-crescimento em um tratado europeu sobre dívida e contenção do déficit.

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