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Imigrantes ilegais morrem ao tentar chegar à costa da Itália

Pelo menos treze imigrantes ilegais, todos homens e de nacionalidade eritreia, morreram ao tentar chegar à praia no sudeste da ilha mediterrânea da Sicília

Sicília: de acordo com os sobreviventes, a embarcação continha cerca de 250 pessoas (Getty Image/Vittorio Zunino Celotto)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 09h15.

Roma - Pelo menos treze imigrantes ilegais, todos homens e de nacionalidade eritreia, morreram nesta segunda-feira ao tentar chegar à praia de Sampieri, no município de Scicli, no sudeste da ilha mediterrânea da Sicília.

Segundo a imprensa local, os corpos dos imigrantes mortos foram resgatados no mar pelas forças de ordem da Itália .

A embarcação, um velho pesqueiro de oito metros de comprimento, encalhou na cidade de San Pieri di Modica, na direção de Scicli e a 15 ou 20 metros do litoral.

Os imigrantes, segundo as autoridades, tentaram chegar até a costa nadando, mas pelo menos 13 deles não conseguiram e morreram no mar, que estava muito agitado e com fortes ondas.

De acordo com os sobreviventes, a embarcação continha cerca de 250 pessoas, sendo que 70 delas já foram levadas para terra firme, incluindo 20 crianças e uma mulher grávida que se encontra em estado grave em um hospital da cidade.

Os imigrantes falam em um cidadão desaparecido, fato que poderia elevar o número de vítimas a 14, mas, até o momento, essa informação não forma confirmadas pelas autoridades, que continuam em busca de possíveis cadáveres.

O prefeito de Scicli, Franco Susino, afirmou à emissora "Skytg 24" que os turistas que estavam na praia de Sampieri foram os primeiros a avisar as autoridades e, inclusive, teriam ajudado no resgate dos imigrantes.


"Salvamos alguns deles com massagem cardíaca. Fizeram de tudo para poderem salvar vidas", assinalou Susino.

O prefeito confirmou que se trata de eritreus e mostrou sua indignação com essas viagens em massa de imigrantes à Itália, as quais, segundo ele, "tratam as pessoas como animais".

Um dos sobreviventes relatou que chegaram à região pela amanhã e, na sequência, "a barca encalhou". "Não pensávamos que a água fosse tão profunda. O mar estava agitadíssimo. Nos lançamos à água e tentamos chegar à costa porque víamos ela perto, mas a água negra era profunda demais".

"Infelizmente, muitos dos meus irmãos não conseguiram chegar à costa. Nós só queremos ser ajudados", completou o sobrevivente, que ressaltou que muitos outros fugiram após terem chegado em terra firme, os quais também são procurados pelas forças da ordem italianas.

Por outro lado, dois supostos traficantes de pessoas que teriam organizado esta viagem, que partiu do norte da África em direção às costas da Sicília, foram detidos e transferidos a um quartel local para ser interrogados.

Esta tragédia lembra a registrada no último dia 10 de agosto, quando seis imigrantes ilegais, entre eles um menor de idade, morreram ao tentar chegar a nado à costa da Sicília, já que o pesqueiro em que viajavam também encalhou próximo à praia.

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Roma - Pelo menos treze imigrantes ilegais, todos homens e de nacionalidade eritreia, morreram nesta segunda-feira ao tentar chegar à praia de Sampieri, no município de Scicli, no sudeste da ilha mediterrânea da Sicília.

Segundo a imprensa local, os corpos dos imigrantes mortos foram resgatados no mar pelas forças de ordem da Itália .

A embarcação, um velho pesqueiro de oito metros de comprimento, encalhou na cidade de San Pieri di Modica, na direção de Scicli e a 15 ou 20 metros do litoral.

Os imigrantes, segundo as autoridades, tentaram chegar até a costa nadando, mas pelo menos 13 deles não conseguiram e morreram no mar, que estava muito agitado e com fortes ondas.

De acordo com os sobreviventes, a embarcação continha cerca de 250 pessoas, sendo que 70 delas já foram levadas para terra firme, incluindo 20 crianças e uma mulher grávida que se encontra em estado grave em um hospital da cidade.

Os imigrantes falam em um cidadão desaparecido, fato que poderia elevar o número de vítimas a 14, mas, até o momento, essa informação não forma confirmadas pelas autoridades, que continuam em busca de possíveis cadáveres.

O prefeito de Scicli, Franco Susino, afirmou à emissora "Skytg 24" que os turistas que estavam na praia de Sampieri foram os primeiros a avisar as autoridades e, inclusive, teriam ajudado no resgate dos imigrantes.


"Salvamos alguns deles com massagem cardíaca. Fizeram de tudo para poderem salvar vidas", assinalou Susino.

O prefeito confirmou que se trata de eritreus e mostrou sua indignação com essas viagens em massa de imigrantes à Itália, as quais, segundo ele, "tratam as pessoas como animais".

Um dos sobreviventes relatou que chegaram à região pela amanhã e, na sequência, "a barca encalhou". "Não pensávamos que a água fosse tão profunda. O mar estava agitadíssimo. Nos lançamos à água e tentamos chegar à costa porque víamos ela perto, mas a água negra era profunda demais".

"Infelizmente, muitos dos meus irmãos não conseguiram chegar à costa. Nós só queremos ser ajudados", completou o sobrevivente, que ressaltou que muitos outros fugiram após terem chegado em terra firme, os quais também são procurados pelas forças da ordem italianas.

Por outro lado, dois supostos traficantes de pessoas que teriam organizado esta viagem, que partiu do norte da África em direção às costas da Sicília, foram detidos e transferidos a um quartel local para ser interrogados.

Esta tragédia lembra a registrada no último dia 10 de agosto, quando seis imigrantes ilegais, entre eles um menor de idade, morreram ao tentar chegar a nado à costa da Sicília, já que o pesqueiro em que viajavam também encalhou próximo à praia.

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