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Iêmen suspende participação em negociações de paz

O líder da delegação e ministro das Relações Exteriores, Abdel Malak al-Mekhlafi, afirmou que os rebeldes "minaram os fundamentos" das conversações

Rebeldes huthis: "Pedi ao emissário da ONU que não volte a permitir que os rebeldes nos façam perder mais tempo" (Khaled Abdullah / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2016 às 10h04.

A delegação do governo do Iêmen suspendeu novamente, nesta terça-feira, sua participação nas negociações de paz previstas para o Kuwait, e acusou os rebeldes xiitas huthis de terem ignorado seus compromissos.

O líder da delegação e ministro das Relações Exteriores, Abdel Malak al-Mekhlafi, afirmou que os rebeldes "minaram os fundamentos" das conversações, um mês depois do início, com contradições sobre "questões de referência" que haviam aceitado com o mediador da ONU, Ismail Ould Ahmed Cheikh.

"Pedi ao emissário da ONU que não volte a permitir que os rebeldes nos façam perder mais tempo (...) e os leve a aceitar as questões de referência, antes de retomar as discussões", completou Mekhlafi no Twitter.

De acordo com fontes próximas aos negociadores, as discussões previstas para terça-feira foram canceladas depois do anúncio da retirada da delegação governamental.

A delegação iemenita já havia anunciado uma suspensão de sua participação em 7 de maio, antes da retomada das mesmas.

As "questões de referência", base das conversações iniciadas em 21 de abril no Kuwait, são a resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU e as decisões correspondentes, resultados do diálogo, assim como a iniciativa do Golfo.

A iniciativa do Golfo permitiu a saída em fevereiro de 2012 do ex-presidente Ali Abdallah Saleh.

A medida favoreceu posteriormente um diálogo nacional sobre o futuro do Iêmen, paralisado com a entrada em cena dos rebeldes em setembro de 2014 na capital Sanaa, cidade que permanece sob seu controle até hoje.

Adotada em abril de 2015, a resolução 2216 ordena a retirada dos rebeldes dos territórios conquistados desde 2014 e a devolução de armas pesadas ao Estado.

Os rebeldes exigem a formação prévia de um governo de transição de consenso, enquanto o governo destaca que continua representando o Estado.

Os dois lados trocam acusações sobre o desrespeito a uma trégua decretada em 11 de abril.

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A delegação do governo do Iêmen suspendeu novamente, nesta terça-feira, sua participação nas negociações de paz previstas para o Kuwait, e acusou os rebeldes xiitas huthis de terem ignorado seus compromissos.

O líder da delegação e ministro das Relações Exteriores, Abdel Malak al-Mekhlafi, afirmou que os rebeldes "minaram os fundamentos" das conversações, um mês depois do início, com contradições sobre "questões de referência" que haviam aceitado com o mediador da ONU, Ismail Ould Ahmed Cheikh.

"Pedi ao emissário da ONU que não volte a permitir que os rebeldes nos façam perder mais tempo (...) e os leve a aceitar as questões de referência, antes de retomar as discussões", completou Mekhlafi no Twitter.

De acordo com fontes próximas aos negociadores, as discussões previstas para terça-feira foram canceladas depois do anúncio da retirada da delegação governamental.

A delegação iemenita já havia anunciado uma suspensão de sua participação em 7 de maio, antes da retomada das mesmas.

As "questões de referência", base das conversações iniciadas em 21 de abril no Kuwait, são a resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU e as decisões correspondentes, resultados do diálogo, assim como a iniciativa do Golfo.

A iniciativa do Golfo permitiu a saída em fevereiro de 2012 do ex-presidente Ali Abdallah Saleh.

A medida favoreceu posteriormente um diálogo nacional sobre o futuro do Iêmen, paralisado com a entrada em cena dos rebeldes em setembro de 2014 na capital Sanaa, cidade que permanece sob seu controle até hoje.

Adotada em abril de 2015, a resolução 2216 ordena a retirada dos rebeldes dos territórios conquistados desde 2014 e a devolução de armas pesadas ao Estado.

Os rebeldes exigem a formação prévia de um governo de transição de consenso, enquanto o governo destaca que continua representando o Estado.

Os dois lados trocam acusações sobre o desrespeito a uma trégua decretada em 11 de abril.

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