Hong Kong ameaça ações pró-democracia após novos protestos
Leung Chun-ying, chefe do Executivo, deu a entender que novas operações policiais podem acontecer em breve
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 10h08.
Hong Kong - O chefe do Executivo de Hong Kong afirmou nesta segunda-feira que as novas manifestações do movimento pró-democracia eram "intoleráveis", depois que a polícia reprimiu os estudantes que tentaram invadir a sede do governo.
A polícia do território, devolvido pelo Reino Unido à China em 1997, evitou de maneira violenta que os manifestantes cercassem no domingo à noite a sede do poder político, o que provocou alguns dos confrontos mais graves registrados desde o início do movimento, em 28 de setembro.
Leung Chun-ying, chefe do Executivo, deu a entender que novas operações policiais podem acontecer em breve.
"Eu destaquei que o movimento 'Occupy Central' não apenas era ilegal, como também estava destinado ao fracasso", afirmou à imprensa.
O governante afirmou que os acampamentos, em Admiralty, perto da sede do governo, e em Causeway Bay, bairro comercial que atrai os chineses do continente, são "intoleráveis".
"A população pede cada vez mais à polícia que disperse os manifestantes. A partir de agora, a lei será aplicada sem hesitação", disse.
Os prédios do governo permaneceram fechados nesta segunda-feira e o Conselho Legislativo suspendeu as sessões.
Os manifestantes, que durante a noite tentaram cercar os edifícios oficiais e invadiram uma rua diante da sede do poder, enfrentaram as forças de segurança.
De acordo com o comandante da polícia Tsui Wai-hung, os oficiais "não tiveram alternativa" a não ser "fazer um uso mínimo da força, com água, spray de pimenta e cassetetes".
A polícia anunciou que 40 pessoas foram detidas e 11 agentes ficaram feridos. Trinta e sete pessoas foram atendidas nos hospitais de Hong Kong.
A situação era calma no início da tarde, após a manhã tensa, com novos confrontos entre policiais e manifestantes em um centro comercial.
Em 28 de setembro, o movimento pró-democracia ganhou força em Hong Kong e dezenas de milhares de manifestantes invadiram as ruas. Nas semanas seguintes, o número de participantes caiu consideravelmente, mas a persistência dos acampamentos afeta os transportes e a atividade comercial.
Na semana passada, as autoridades desmantelaram um terceiro acampamento de manifestantes, em Mongkok, na área continental de Hong Kong. Quase 150 pessoas foram detidas, incluindo os líderes estudantis Joshua Wong e Lester Shum.
Os manifestantes temem agora que as autoridades façam o mesmo com o acampamento de Admiralty, onde centenas de barracas foram instaladas no que até então era uma via expressa com nove faixas.
Alguns manifestantes afirmaram que a polícia atacou sem motivo legítimo, enquanto outros manifestam dúvidas a respeito dos resultados da ação de domingo.
A ex-colônia britânica, um território chinês que goza de ampla autonomia, passa pela crise política mais grave desde que foi devolvida a Pequim, em 1997. Os moradores gozam de direitos desconhecidos no continente, mas o sentimento de que as liberdades estão ameaçadas é cada vez mais forte.
Pequim aprovou o princípio "uma voz, um voto" para a próxima eleição do chefe do Executivo, em 2017, mas reservou a um comitê de grandes eleitores, majoritariamente favoráveis ao Partido Comunista, a responsabilidade de pré-selecionar os candidatos. As condições são consideradas inaceitáveis pelo setor pró-democracia.
Hong Kong - O chefe do Executivo de Hong Kong afirmou nesta segunda-feira que as novas manifestações do movimento pró-democracia eram "intoleráveis", depois que a polícia reprimiu os estudantes que tentaram invadir a sede do governo.
A polícia do território, devolvido pelo Reino Unido à China em 1997, evitou de maneira violenta que os manifestantes cercassem no domingo à noite a sede do poder político, o que provocou alguns dos confrontos mais graves registrados desde o início do movimento, em 28 de setembro.
Leung Chun-ying, chefe do Executivo, deu a entender que novas operações policiais podem acontecer em breve.
"Eu destaquei que o movimento 'Occupy Central' não apenas era ilegal, como também estava destinado ao fracasso", afirmou à imprensa.
O governante afirmou que os acampamentos, em Admiralty, perto da sede do governo, e em Causeway Bay, bairro comercial que atrai os chineses do continente, são "intoleráveis".
"A população pede cada vez mais à polícia que disperse os manifestantes. A partir de agora, a lei será aplicada sem hesitação", disse.
Os prédios do governo permaneceram fechados nesta segunda-feira e o Conselho Legislativo suspendeu as sessões.
Os manifestantes, que durante a noite tentaram cercar os edifícios oficiais e invadiram uma rua diante da sede do poder, enfrentaram as forças de segurança.
De acordo com o comandante da polícia Tsui Wai-hung, os oficiais "não tiveram alternativa" a não ser "fazer um uso mínimo da força, com água, spray de pimenta e cassetetes".
A polícia anunciou que 40 pessoas foram detidas e 11 agentes ficaram feridos. Trinta e sete pessoas foram atendidas nos hospitais de Hong Kong.
A situação era calma no início da tarde, após a manhã tensa, com novos confrontos entre policiais e manifestantes em um centro comercial.
Em 28 de setembro, o movimento pró-democracia ganhou força em Hong Kong e dezenas de milhares de manifestantes invadiram as ruas. Nas semanas seguintes, o número de participantes caiu consideravelmente, mas a persistência dos acampamentos afeta os transportes e a atividade comercial.
Na semana passada, as autoridades desmantelaram um terceiro acampamento de manifestantes, em Mongkok, na área continental de Hong Kong. Quase 150 pessoas foram detidas, incluindo os líderes estudantis Joshua Wong e Lester Shum.
Os manifestantes temem agora que as autoridades façam o mesmo com o acampamento de Admiralty, onde centenas de barracas foram instaladas no que até então era uma via expressa com nove faixas.
Alguns manifestantes afirmaram que a polícia atacou sem motivo legítimo, enquanto outros manifestam dúvidas a respeito dos resultados da ação de domingo.
A ex-colônia britânica, um território chinês que goza de ampla autonomia, passa pela crise política mais grave desde que foi devolvida a Pequim, em 1997. Os moradores gozam de direitos desconhecidos no continente, mas o sentimento de que as liberdades estão ameaçadas é cada vez mais forte.
Pequim aprovou o princípio "uma voz, um voto" para a próxima eleição do chefe do Executivo, em 2017, mas reservou a um comitê de grandes eleitores, majoritariamente favoráveis ao Partido Comunista, a responsabilidade de pré-selecionar os candidatos. As condições são consideradas inaceitáveis pelo setor pró-democracia.