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Homens armados tomam colégio eleitoral em Mariupol

Grupo de homens armados tomou um colégio eleitoral na cidade ucraniana de Mariupol, situada na região insurgente de Donetsk

Soldados ucranianos em Mariupol, Ucrânia: um dos membros da comissão ficou ferido (Marko Djurica/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 13h16.

Kiev - Um grupo de homens armados tomou nesta terça-feira um colégio eleitoral na cidade ucraniana de Mariupol, situada na região insurgente oriental de Donetsk, informou a Comissão Eleitoral Central (CEC) da Ucrânia , país onde as eleições presidenciais serão realizadas no próximo domingo.

Um dos membros da comissão ficou ferido quando tentou enfrentar os rebeldes pró-russos, que assumiram o controle do escritório, informou o porta-voz da CEC Konstantin Jivrenko à imprensa local.

Segundo a fonte, a menos de cinco dias para as eleições, os insurgentes têm bloqueadas as comissões de 11 das 34 circunscrições eleitorais nas regiões rebeldes pró-russas de Donetsk e Lugansk.

Em Donetsk, seis das 22 comissões estão controladas pelos rebeldes, enquanto em Lugansk os insurgentes ocuparam cinco das 12 comissões.

Alguns escritórios foram liberados pelas forças de segurança, mas a ameaça de uma nova ocupação é eminente, afirmou Jivrenko.

O prefeito de Donetsk, Aleksandr Lukianenko, expressou sua intenção de se reunir com os dirigentes da autoproclamada república popular de Donetsk para assegurar a realização das eleições no domingo.

Lukianenko reconheceu que o trabalho de três das cinco comissões de circunscrição eleitoral na cidade se encontra paralisado devido à intervenção dos milicianos.

Em resposta, um dos líderes da república que proclamou a independência no último 12 de maio, Miroslav Rudenko, assegurou que os insurgentes mantêm o boicote às eleições presidenciais.

O governo ucraniano informou que existem municípios rebeldes, como Slaviansk, Kramatorsk e Górlovka, onde os eleitores não acudirão às urnas, uns por própria iniciativa e outros por temor às represálias dos milicianos pró-russos.

"Somos muito conscientes e não enganamos ninguém que no grandioso território que representam as regiões de Donetsk e Lugansk vai ser impossível garantir a realização normal das eleições", assegurou ontem Arsén Avakov, ministro do Interior da Ucrânia.

Muitos membros dos comitês eleitorais locais nestas regiões se negaram a cumprir com suas obrigações por temer represálias contra eles e suas famílias, lamentou o CEC.

A União Europeia e os EUA consideram cruciais as eleições, a fim de legitimar as autoridades que derrubaram em fevereiro passado o governo do presidente Viktor Yanukovich.

A Rússia, que acusa as atuais autoridades ucranianas de dar um golpe de Estado, qualificou as eleições como "um passo na boa direção", embora não tenha confirmado se reconhecerá seus resultados.

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Kiev - Um grupo de homens armados tomou nesta terça-feira um colégio eleitoral na cidade ucraniana de Mariupol, situada na região insurgente oriental de Donetsk, informou a Comissão Eleitoral Central (CEC) da Ucrânia , país onde as eleições presidenciais serão realizadas no próximo domingo.

Um dos membros da comissão ficou ferido quando tentou enfrentar os rebeldes pró-russos, que assumiram o controle do escritório, informou o porta-voz da CEC Konstantin Jivrenko à imprensa local.

Segundo a fonte, a menos de cinco dias para as eleições, os insurgentes têm bloqueadas as comissões de 11 das 34 circunscrições eleitorais nas regiões rebeldes pró-russas de Donetsk e Lugansk.

Em Donetsk, seis das 22 comissões estão controladas pelos rebeldes, enquanto em Lugansk os insurgentes ocuparam cinco das 12 comissões.

Alguns escritórios foram liberados pelas forças de segurança, mas a ameaça de uma nova ocupação é eminente, afirmou Jivrenko.

O prefeito de Donetsk, Aleksandr Lukianenko, expressou sua intenção de se reunir com os dirigentes da autoproclamada república popular de Donetsk para assegurar a realização das eleições no domingo.

Lukianenko reconheceu que o trabalho de três das cinco comissões de circunscrição eleitoral na cidade se encontra paralisado devido à intervenção dos milicianos.

Em resposta, um dos líderes da república que proclamou a independência no último 12 de maio, Miroslav Rudenko, assegurou que os insurgentes mantêm o boicote às eleições presidenciais.

O governo ucraniano informou que existem municípios rebeldes, como Slaviansk, Kramatorsk e Górlovka, onde os eleitores não acudirão às urnas, uns por própria iniciativa e outros por temor às represálias dos milicianos pró-russos.

"Somos muito conscientes e não enganamos ninguém que no grandioso território que representam as regiões de Donetsk e Lugansk vai ser impossível garantir a realização normal das eleições", assegurou ontem Arsén Avakov, ministro do Interior da Ucrânia.

Muitos membros dos comitês eleitorais locais nestas regiões se negaram a cumprir com suas obrigações por temer represálias contra eles e suas famílias, lamentou o CEC.

A União Europeia e os EUA consideram cruciais as eleições, a fim de legitimar as autoridades que derrubaram em fevereiro passado o governo do presidente Viktor Yanukovich.

A Rússia, que acusa as atuais autoridades ucranianas de dar um golpe de Estado, qualificou as eleições como "um passo na boa direção", embora não tenha confirmado se reconhecerá seus resultados.

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