Beirute - O movimento xiita libanês Hezbollah assumiu nesta quarta-feira a autoria do ataque contra um comboio do exército israelense nas disputadas Fazendas de Shebaa, ocupadas por Israel, e informou que a ação deixou um número indeterminado de vítimas.

Por meio de um comunicado, a organização afirmou que o grupo dos Mártires de Al Quneitra cometeu o ataque contra oficiais e soldados israelenses, que viajavam em um comboio composto por vários veículos.

O bombardeio, efetuado às 11h25 locais (7h25 de Brasília), destruiu vários veículos da caravana nas "fazendas libanesas ocupadas".

O exército israelense confirmou este ataque e outro com morteiro, que atingiu uma posição militar.

Em resposta, as forças israelenses lançaram vários foguetes contra o sul do Líbano, nas imediações de Al Mayedia, Kfar Shuba, Al Abassiya e Al Uazani, redutos do Hezbollah.

Na semana passada, Israel aumentou suas forças nas fronteiras com o Líbano e Síria e reforçou as medidas de segurança em toda a zona, após atacar com um avião não tripulado um comboio do Hezbollah, que circulava pela parte síria de Golã.

No ataque morreram seis membros do Hezbollah -entre eles um jovem oficial que era filho do ex-chefe de seu braço armado Imad Mughniye, assassinado em Damasco em 2008- e um general da Guarda Revolucionária iraniana.

Além disso, a aviação israelense bombardeou hoje de madrugada mais posições das forças do regime sírio na periferia da cidade síria de Al Quneitra, fronteiriça com as Colinas de Golã ocupadas por Israel.

Ontem, o exército israelense disparou 20 projéteis de artilharia contra posições no lado sírio de as Colinas de Golã em resposta ao lançamento de dois foguetes procedentes deste território.