'Hamas só quer assassinar judeus', diz secretário dos EUA em visita a Israel
Representante americano sobe tom contra Hamas e promete ajuda irrestrita ao governo israelense
Redação Exame
Publicado em 12 de outubro de 2023 às 14h15.
Última atualização em 12 de outubro de 2023 às 14h16.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fez uma visita a Tel-Aviv nesta quinta (12), para demonstrar o apoio americano a Israel e acompanhar as buscas por cidadãos americanos que seguem desaparecidos em meio ao conflito com oHamas.
Ao lado do premiê de Israel, Benjamim Netanyahu, ele fez duras críticas ao Hamas. Afirmou que o grupo não representa o povo palestino nem suas "aspirações legítimas de viver com iguais medidas de segurança, liberdade, justiça, oportunidade e dignidade. O Hamas tem apenas uma agenda: destruir Israel e assassinar judeus", disse.
- Pelo menos 200 israelenses morreram e mais de 1,1 mil ficaram feridos, diz Israel
- Netanyahu promete derrotar Hamas, mas diz que guerra 'levará tempo'
- Guerra Israel-Hamas: Israel ordena que a Chevron feche plataforma de gás natural
- Rei da Jordânia adverte Biden quanto a escalada do confronto em Israel
- Guerra: Hamas descarta negociar troca de prisioneiros com Israel
- Papa pede que 'cessem os ataques' em Israel
Blinken, por sua vez, ressaltou o apoio a Israel e disse que o mais recente ataque foi apenas "um dos incontáveis atos de terror do Hamas", que para ele também lembra o Estado Islâmico.
O secretário de Estado norte-americano elogiou a bravura dos israelenses e sua solidariedade, em meio aos eventos extremos dos últimos dias.Ele saudou a criação de um governo de união, nesse contexto, e lembrou que os EUA estão fornecendo apoio, inclusive munição e outros itens, para a defesa israelense.Disse ainda que há "intensa diplomacia pela região para evitar que o conflito se dissemine".
Netanyahu, celebrou a visita do secretário de Estado e qualificou a visita como uma mostra do "incrível apoio" dos EUA a Israel "em nossa luta contra os bárbaros do Hamas".
Em declarações ao lado de Blinken, Netanyahu qualificou o grupo palestino como "um inimigo da civilização", após o "massacre" contra jovens em um festival de música e outros ataques no conflito atual entre as partes.
O Departamento de Estado norte-americano divulgou comunicado com declarações feitas por eles no encontro.Netanyahu detalhou crimes cometidos pelo Hamas e comparou o grupo ao Estado Islâmico (Isis, na sigla em inglês). "O Hamas é o Isis, e como o Isis foi esmagado também o Hamas será esmagado" afirmou.Ele pediu que nenhum líder se reúna com o Hamas e que, quem o fizer, sofra sanções.
Blinken tambémreuniu-se nesta quinta-feira, 12, com o presidente israelense, Isaac Herzog. Em declaração conjunta, ele abordou os mesmos temas de sua declaração anterior com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, reforçando as críticas ao grupo terrorista Hamas.
"Existem realmente dois caminhos para os países desta região e, em muitos aspectos, para os países deste mundo. Mas aqui no Oriente Médio existe o caminho da integração, da cooperação, da normalização e de medidas iguais de justiça, oportunidades e dignidade para todos os povos, incluindo os palestinos", afirmou Blinken.
Para o secretário de Estado norte-americano, o outro caminho é o que "o Hamas mostrou ao mundo nestes últimos dias - terror, destruição, niilismo, um caminho que não leva a lugar nenhum para ninguém, exceto aos lugares mais sombrios de nossas almas"