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Hamas pede a Obama postura mais equilibrada no mundo árabe

O governo do Hamas "acompanhou com grande preocupação o resultado das eleições", segundo porta-voz do movimento islamita


	Forças da segurança do Hamas: "sua política (na região) se contradisse com os discursos", opinou porta-voz sobre o primeiro mandato de Obama
 (Said Khatib/AFP)

Forças da segurança do Hamas: "sua política (na região) se contradisse com os discursos", opinou porta-voz sobre o primeiro mandato de Obama (Said Khatib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 12h10.

Gaza - O movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, pediu nesta quarta-feira ao presidente Barack Obama que em seu segundo mandato adote uma postura "mais equilibrada" em relação ao mundo árabe e muçulmano em geral e à questão palestina em particular.

"As mudanças no estado de ânimo das nações árabes e islâmicas quanto à Administração americana dependem de que se devolva o equilíbrio à política externa dos Estados Unidos em todas as questões na região", disse em comunicado Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento islamita palestino, após saber os resultados do pleito.

Em sua nota à imprensa, o porta-voz também pediu a Washington que "reavalie" sua política externa e "dê fim a sua postura tranquila a favor da Ocupação (termo que Hamas usa para se referir a Israel)".

Por sua vez, Taher A-Nunu, outro dos porta-vozes islamitas, afirmou que o governo do Hamas "acompanhou com grande preocupação o resultado das eleições".

"Esta é outra oportunidade - disse - para que Obama abandone a política externa tendenciosa dos EUA para Israel e defina uma política moral que ponha um fim no "dois pesos e duas medidas" ao lidar com as questões na região e devolver os direitos dos palestinos".

Nunu considerou que os discursos históricos de Obama no Egito e na Turquia no princípio de seu primeiro mandato, nos quais anunciou uma nova relação com o mundo árabe, não saíram do papel.

"Sua política (na região) se contradisse com os discursos", opinou ao reiterar que o presidente americano tem agora "uma segunda oportunidade para cumprir suas promessas e se afastar das pressões do lobby sionista".

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