Mundo

Hamas exige mapas e prazos para a retirada de Israel de Gaza para assinar cessar-fogo

Segundo grupo islâmico, eles querem uma garantia de que todo o exército israelense deixará o enclave após a fase três do acordo

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 07h06.

O grupo islâmico Hamas confirmou nesta quarta-feira, 14, que as principais questões para chegar a um cessar-fogo na Faixa de Gaza foram resolvidas, mas ressaltou que ainda precisa receber de Israel mapas específicos e a data em que suas tropas deixarão completamente o enclave.

"Os israelenses e os americanos querem que aceitemos a ideia geral de 'retirada de áreas povoadas' e estamos pedindo mapas específicos e prazos para essa retirada", confirmou hoje à Agência EFE uma fonte do grupo.

"Queremos garantias de que, após a fase três, o Exército (israelense) terá se retirado de toda a Faixa de Gaza", acrescentou.

Segundo a fonte, que falou em condição de anonimato, as discussões estão agora focadas em limitar a presença de soldados a 500 metros de determinados pontos da fronteira durante as três fases do acordo.

Israel, por outro lado, quer permanecer na chamada zona-tampão, uma faixa de terra ampliada na qual todos os edifícios foram demolidos durante a guerra e que se estende por mais de um quilômetro de profundidade em Gaza.

O grupo islâmico também reconheceu que estão sendo intensamente debatidos detalhes relacionados ao retorno de palestinos deslocados e à forma que adotará o governo palestino após a guerra.

"Os americanos estabeleceram a data limite de 20 de janeiro, mas estamos focados em obter o melhor acordo possível com todos os detalhes acordados, mesmo que isso nos leve além dessa data. Nosso povo pagou um preço alto e não podemos desperdiçá-lo", destacou a fonte do Hamas.

Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que entregaria ao próximo governo de Donald Trump um plano pós-guerra para a Faixa de Gaza baseado na reunificação com a Cisjordânia ocupada e sob um governo palestino apoiado pela comunidade internacional.

Durante um discurso no think tank Atlantic Council, em Washington, o chefe da diplomacia americana, que está prestes a deixar o cargo, também delineou uma proposta de reconstrução para o enclave palestino que segue os princípios que ele mesmo anunciou em Tóquio, em novembro de 2023.

O plano entrará em vigor depois que Israel e o Hamas assinarem um cessar-fogo e libertarem os reféns, e estabelecerá as bases para a criação de um Estado palestino independente, disse Blinken.

Acompanhe tudo sobre:HamasIsraelGuerrasFaixa de GazaOriente Médio

Mais de Mundo

Rússia ataca sistema energético da Ucrânia com mais de 40 mísseis

Ucrânia declara alerta aéreo em todo país por ameaça de ataque russo com mísseis

Presidente deposto da Coreia do Sul é preso e fica em silêncio durante interrogatório

Califórnia enfrenta novo incêndio em meio a alerta de ventos fortes