Três palestinos morreram nos bombardeios do exército desde ontem: um miliciano do Hamas e uma mulher grávida e seu filho de um ano e meio (Mohammed Salem/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de agosto de 2018 às 10h59.
Cidade de Gaza - O movimento islamita Hamas deu por finalizada nesta quinta-feira a escalada de ataques, após o lançamento de 180 foguetes contra Israel desde a tarde de ontem, que deixaram mais de 20 israelenses feridos e provocou a resposta do exército da nação judaica com bombardeios contra 150 alvos militares em Gaza, que causaram a morte de três palestinos.
"Esta onda de escalada militar acabou", afirmou em comunicado um comitê no qual estão representados os braços armados do Hamas, a Jihad Islâmica, os Comitês de Resistência Popular, a Frente Palestina de Libertação Popular e a Frente Democrática para a Libertação da Palestina.
As facções militares, lideradas pelo Hamas, "estarão comprometidas com uma trégua desde que a ocupação israelense também esteja comprometida com ela", indicou o comitê, denominado Sala de Operações da Resistência Armada Palestina.
O Gabinete de Segurança israelense está reunido neste momento para avaliar a situação com os principais responsáveis das agências de segurança, o chefe do Estado Maior, tenente-general Gadi Eisenkot, o do serviço secreto interior Shin Bet, Nadav Argaman, e o do Conselho Nacional de Segurança, Meir Ben Shabat, segundo imagens da emissora de televisão "Channel 12".
Três palestinos morreram nos bombardeios do exército desde ontem à tarde, um miliciano do Hamas e uma mulher grávida e seu filho de um ano e meio, enquanto mais de 20 palestinos foram feridos, informaram fontes médicas na Faixa de Gaza.
A tensão começou com um incidente ocorrido há dois dias no qual milicianos do Hamas dispararam por um erro contra alvos em Gaza, mas em direção a Israel, durante uma exibição militar diante de integrantes do alto escalão do movimento islamita, o que provocou disparos de resposta de um tanque israelense, que mataram dois milicianos. O Hamas, por sua vez, respondeu um dia depois com a onda de lançamento de foguetes, a segunda maior desde a guerra de 2014.