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Hamas afirma que decidirá quando terminará conflito

Segundo porta-voz do Hamas, "os sionistas não poderão ir para suas casas até que o Hamas dê permissão, e não (o primeiro-ministro israelense) Netanyahu"


	Palestinos protestam a favor das facções armadas palestinas na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza
 (Reuters/Ibraheem Abu Mustafa)

Palestinos protestam a favor das facções armadas palestinas na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza (Reuters/Ibraheem Abu Mustafa)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2014 às 16h11.

Gaza - O movimento islamita Hamas afirmou neste domingo que será ele e não Israel quem decidirá o momento em que terminará o conflito que acontece desde 8 de julho em Gaza, anunciou seu porta-voz, Sami Abu Zuhri.

Segundo ele, "os sionistas não poderão ir para suas casas até que o Hamas dê permissão, e não (o primeiro-ministro israelense, Benjamin) Netanyahu", declarou hoje em uma concentração realizada em Rafah, no sul de Gaza.

"Pela primeira vez na história, o inimigo (Israel) perdeu centenas de soldados e clama de maneira grosseira a vitória", sustentou em referência às reivindicações repetidas pelo Hamas que o número de soldados mortos no conflito não corresponde com aos que o exército israelense diz, de 64 os militares mortos em combate.

Abu Zuhri agradeceu os gestos de solidariedade recebidos do exterior, e assegurou que "a causa palestina está entre as principais prioridades dos povos do mundo".

Suas palavras se emolduram no quarto dia dos cinco do último cessar-fogo pactuado entre palestinos e israelenses, que hoje retomaram as negociações indiretas no Cairo para tentar consolidar a trégua e avançar em uma solução global.

Netanyahu insistiu hoje ao fim do habitual Conselho de Ministros dos domingos em que seu país só aceitará o acordo para um cessar-fogo permanente em Gaza quando "todos os interesses de segurança de Israel forem cumpridos".

"A delegação no Cairo trabalha com a ordem de defender os interesses de segurança israelenses. Só se nossas necessidades de segurança forem cumpridas, estaremos dispostos aceitar o cessar-fogo", apontou.

"Se Hamas pensa que pode encobrir sua derrota militar com uma vitória política, está errado. E erra ao acreditar que com uma chuva de foguetes vai conseguir no render", acrescentou o líder israelense.

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