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Haiti suspende atividades da Oxfam após escândalos sexuais

Durante dois meses de suspensão, o ministério realizará uma investigação de maneira institucional para tomar uma decisão final sobre a Oxfam

Oxfam: diretores e voluntários da ONG contrataram prostitutas nesse país após o terremoto que devastou parte desta nação caribenha em 2010 (Simon Dawson/Reuters)
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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 17h47.

Porto Príncipe - O Haiti suspendeu nesta quinta-feira as atividades da organização britânica Oxfam por dois meses, depois da revelação que diretores e voluntários da ONG contrataram prostitutas nesse país após o terremoto que devastou parte desta empobrecida nação caribenha em 2010.

A informação foi confirmada à Agência Efe por uma fonte do Ministério de Planejamento e Cooperação Externa, cujo titular, Aviol Fleurant, se reuniu na segunda-feira com o representante regional da Oxfam, Simon Ticehurst, que pediu desculpas pelo ocorrido.

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Durante estes dois meses, o ministério realizará uma investigação de maneira institucional para tomar uma decisão final sobre a Oxfam, enquanto o Ministério Público fará outra de maneira independente, acrescentou a mesma fonte.

O ministro de Relações Exteriores do Haiti, Antonio Rodrigue, anunciou no dia 15 de fevereiro que o governo averiguará as revelações que diretores e voluntários da organização Oxfam contrataram prostitutas nessa nação.

Rodrigue disse que, embora a Oxfam seja um parceiro do governo, é preciso respeitar a lei "e nós temos que defender o interesse dos haitianos".

O presidente haitiano, Jovenel Moise, escreveu na semana passada no Twitter que o incidente com a Oxfam no Haiti "é uma violação extremamente grave da dignidade humana".

Em sua primeira reação sobre o sucedido, o presidente declarou que "não há nada mais escandaloso e desonesto que um predador sexual que utiliza sua posição como parte da resposta humanitária a um desastre natural para explorar pessoas necessitadas nos seus momentos de maior vulnerabilidade".

O escândalo da Oxfam foi revelado pelo jornal "The Times" e desde então alguns de seus mais principais diretores pediram demissão ou foram demitidos.

As autoridades do Reino Unido também abriram uma investigação sobre como a Oxfam administrou o escândalo sexual no qual participaram alguns dos seus trabalhadores no Haiti.

Em janeiro de 2010, o Haiti, o país mais pobre da América, foi assolado por um potente terremoto que deixou 300.000 mortos, igual quantidade de feridos e 1,5 milhão de afetados.

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