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Há vontade de "limpeza" no Vaticano, diz autor polêmico

"Há uma vontade de limpeza", afirma Nuzzi, "são pessoas que vivem há anos no Vaticano e que querem expulsar os mercadores do templo"

O autor do mais comprometedor vazamento de documentos na história recente do Vaticano afirmou que "não pagou a ninguém nem um euro" para obter essas cartas (©AFP / Andreas Solaro)
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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2012 às 18h51.

Roma - O vazamento de uma centena de cartas e documentos confidenciais enviados para o papa Bento XVI sobre questões internas demonstra a "vontade de limpeza" dentro do Vaticano, segundo Gianluigi Nuzzi, autor do livro "Sua Santidade, as Cartas Secretas de Bento XVI".

Para Nuzzi, que teve acesso a uma centena de cartas confidenciais e documentos reservados dirigidos ao Papa, o que causou irritação e espanto no Vaticano, "surgem os enfrentamentos secretos e as armadilhas de todos os níveis" que se espalham nos palácios apostólicos.

"Há uma vontade de limpeza", afirma Nuzzi, "são pessoas que vivem há anos no Vaticano e que querem expulsar os mercadores do templo", afirmou nesta quarta-feira durante uma coletiva de imprensa realizada na sede da associação de correspondentes estrangeiros.

"Todos confiam no Santo Padre" e sofrem por ter "violado a obrigação de manter o segredo", diz.

O autor do mais comprometedor vazamento de documentos na história recente do Vaticano, que por isso anunciou ações legais contra o que qualificou de crime, afirmou que "não pagou a ninguém nem um euro" para obter essas cartas.

"Não é um livro contra a Igreja, nem a fé, nem o Santo Padre", enfatizou Nuzzi. O livro descreve, de fato, as manobras e confabulações dentro do Vaticano e inclui relatórios internos enviados ao Papa sobre políticos italianos, como Silvio Berlusconi e o presidente da República Giorgio Napolitano.

O jornalista possivelmente teve acesso aos documentos através de funcionários da Secretaria de Estado, já que alguns levam o selo "Reservado" ou foram produzidos pela mesma secretaria.

Durante a apresentação do livro, o teólogo progressista Vito Mancuso considerou que "não há dúvidas" de que tais vazamentos têm como objetivo desqualificar o número dois da Santa Sé, o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, teoria não compartilhada por Nuzzi.

O jornalista destacou que não mantém mais contatos com seus informantes e descartou a ideia de que seu trabalho possa ser comparado com o escândalo em 2010 do Wikileaks quando foram divulgados por internet documentos secretos do Departamento de Estado americano.

"Nesse caso foi violada a segurança de um país, aqui se trata de uma investigação, de um trabalho de documentação", argumenta.

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Para Nuzzi, que teve acesso a uma centena de cartas confidenciais e documentos reservados dirigidos ao Papa, o que causou irritação e espanto no Vaticano, "surgem os enfrentamentos secretos e as armadilhas de todos os níveis" que se espalham nos palácios apostólicos.

"Há uma vontade de limpeza", afirma Nuzzi, "são pessoas que vivem há anos no Vaticano e que querem expulsar os mercadores do templo", afirmou nesta quarta-feira durante uma coletiva de imprensa realizada na sede da associação de correspondentes estrangeiros.

"Todos confiam no Santo Padre" e sofrem por ter "violado a obrigação de manter o segredo", diz.

O autor do mais comprometedor vazamento de documentos na história recente do Vaticano, que por isso anunciou ações legais contra o que qualificou de crime, afirmou que "não pagou a ninguém nem um euro" para obter essas cartas.

"Não é um livro contra a Igreja, nem a fé, nem o Santo Padre", enfatizou Nuzzi. O livro descreve, de fato, as manobras e confabulações dentro do Vaticano e inclui relatórios internos enviados ao Papa sobre políticos italianos, como Silvio Berlusconi e o presidente da República Giorgio Napolitano.

O jornalista possivelmente teve acesso aos documentos através de funcionários da Secretaria de Estado, já que alguns levam o selo "Reservado" ou foram produzidos pela mesma secretaria.

Durante a apresentação do livro, o teólogo progressista Vito Mancuso considerou que "não há dúvidas" de que tais vazamentos têm como objetivo desqualificar o número dois da Santa Sé, o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, teoria não compartilhada por Nuzzi.

O jornalista destacou que não mantém mais contatos com seus informantes e descartou a ideia de que seu trabalho possa ser comparado com o escândalo em 2010 do Wikileaks quando foram divulgados por internet documentos secretos do Departamento de Estado americano.

"Nesse caso foi violada a segurança de um país, aqui se trata de uma investigação, de um trabalho de documentação", argumenta.

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