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Guia Supremo da Irmandade Muçulmana é detido no Egito

Mohamed Badie era procurado por incitar à morte de manifestantes que, no domingo, protestavam diante da sede da Irmandade Muçulmana no Cairo

Mohamed Badie, guia supremo da Irmandade Muçulmana: a detenção do influente Guia da Irmandade é a última etapa de uma série de medidas das autoridades que fecham o cerco contra o movimento. (REUTERS/Mohamed Nureldin Abdallah/Files)

Mohamed Badie, guia supremo da Irmandade Muçulmana: a detenção do influente Guia da Irmandade é a última etapa de uma série de medidas das autoridades que fecham o cerco contra o movimento. (REUTERS/Mohamed Nureldin Abdallah/Files)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 12h37.

Cairo - Mohamed Badie, guia supremo da Irmandade Muçulmana, movimento ao qual pertence o presidente Mohamed Mursi, derrubado na véspera por um golpe de Estado, foi detido nesta quinta-feira pela polícia militar, anunciaram fontes dos serviços de segurança.

Badie foi detido em Marsa Matruh (noroeste). Ele era procurado por incitar à morte de manifestantes que, no domingo, protestavam diante da sede da Irmandade Muçulmana no Cairo.

Pouco antes, as autoridades emitiram mandatos de prisão contra o Guia e seu adjunto, Khairat al-Chater.

Quarta-feira à noite, seis partidários do presidente deposto foram mortos em confrontos com militares e policiais em Marsa Matruh, onde haviam atacado uma sede dos serviços de segurança.

Uma fonte judicial indicou à AFP que a promotoria iniciará na segunda-feira as audiências de vários líderes do movimento islâmico, incluindo Mursi, por "insultos à Justiça", enquanto o ex-presidente, detido, também está proibido de deixar o país por ter escapado da prisão durante a revolta que derrubou o seu predecessor Hosni Mubarak em 2011.

Outras oito pessoas, em sua maioria líderes da Irmandade Muçulmana, serão ouvidos, incluindo Saad al-Katatni, chefe do Partido da Justiça e da Liberdade, braço político da Irmandade, preso quarta-feira à noite.

A detenção do influente Guia da Irmandade é a última etapa de uma série de medidas das autoridades que fecham o cerco contra o movimento.

No início da manhã, um militar indicou à AFP que o Exército deteve Mursi "de maneira preventiva", deixando a entender que o ex-chefe de Estado poderá ser processado.

Gehad al-Haddad, outro líder da Irmandade, afirmou que após a sua destituição, "Mursi e toda a equipe presidencial (foram colocados) sob prisão domiciliar no clube da Guarda Republicana da presidência", antes de o presidente ser "separado do grupo e levado ao ministério da Defesa".

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