Nunca vimos tal barbárie em toda a história do Estado de Israel", disse o primeiro-ministro sobre os ataques que o país sofreu desde o último sábado (Amir Cohen/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 10 de outubro de 2023 às 18h45.
Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 18h46.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira, 10, que será necessária uma campanha militar prolongada e poderosa contra os adversários, na qual seu país vencerá. A declaração foi feita em conversa com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ocasião em que Netanyahu agradeceu o apoio "sem reservas" que Washington vem prestando a Israel, de acordo com o que o primeiro-ministro publicou em seu Twitter.
"Eu disse a ele (Biden) que o Hamas é pior que o Isis - e que eles deveriam ser tratados dessa forma", disse Netanyahu, em uma nova menção ao grupo Estado Islâmico, que foi combatido por uma coalizão internacional.
"Nunca vimos tal barbárie em toda a história do Estado de Israel", disse o primeiro-ministro sobre os ataques que o país sofreu desde o último sábado.
De acordo com o último balanço divulgado pelos dois lados do conflito, 1.900 pessoas morreram em decorrência dos ataques do Hamas em Israel e dos bombardeios dos israelenses na Faixa de Gaza.
Em Israel, são 1.000 mortos e 2.700 feridos. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 830 palestinos foram mortos e 4.000 estão feridos. Entre os mortos estão 140 crianças e 120 mulheres, disse um porta-voz do ministério. Além do balanço oficial, um porta-voz das forças militares israelenses afirmou que 1.500 corpos de integrantes do Hamas foram encontrados dentro do território de Israel.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira, 10, a abertura de um corredor humanitário até a Faixa de Gaza para entrada de suprimentos médicos essenciais. "Os hospitais não podem funcionar sem combustível e eletricidade. Os suprimentos que pretendemos transportar já estão num nível baixo, por isso precisamos que estes produtos cheguem à Faixa de Gaza", disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.
O governo confirmou nesta terça-feira, 10 a morte da segunda vítima brasileira na guerra entre Israel e Hamas, Bruna Valeanu, de 24 anos, desaparecida desde sábado em Israel. Durante a manhã, o governo brasileiro também informou a morte de Ranani Glazer, de 24 anos.
Segundo o jornal O Globo, Valeanu participava do festival de música eletrônica Universo Parelello, que foi invadido por homens armados no sábado. O evento acontecia no deserto de Negev, perto de Re-im, no sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.