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'Guerra está chegando ao fim': população de Gaza reage à morte do líder do Hamas

Exército israelense confirmou a morte de Yahya Sinwar nesta quarta-feira, 17

Gaza: reações à morte de Yahya Sinwar e esperanças de fim do conflito (Ashraf Amra/Getty Images)

Gaza: reações à morte de Yahya Sinwar e esperanças de fim do conflito (Ashraf Amra/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 20h37.

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A população da Faixa de Gaza reagiu aos relatos sobre a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, nesta quarta-feira, 17, com reações divididas. Alguns esperam que a confirmação do Exército israelense traga um fim rápido ao conflito, enquanto outros se mostram céticos quanto à veracidade da notícia.

Reações mistas e esperança de paz

Enquanto uma parcela da população recebeu bem a notícia, acreditando que a morte de Sinwar poderia marcar o fim da guerra, outros esperam que seja apenas um boato. Fadia, uma professora de 42 anos de Jabaliya, expressou alívio:

“Eu desejo que ele apodreça no inferno. Ele é responsável por toda essa destruição. Estou realmente aliviada que ele se foi. Isso deve significar que a guerra está chegando ao fim”, disse ela.

O sentimento de Fadia foi compartilhado por Rezeq El-Sabti, um pai de 44 anos, que foi deslocado de sua casa e agora vive em uma tenda em Nuseirat, no centro de Gaza. Para ele, a morte de Sinwar permitirá ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarar vitória sobre o Hamas:

“Netanyahu vai dizer ao seu povo que matamos Sinwar, que nos declarou guerra. Isso nos dá esperança de que a guerra vai acabar”, afirmou El-Sabti, embora tenha destacado que outros líderes do Hamas já foram mortos sem que o conflito tivesse fim.

O impacto na população civil

El-Sabti acredita que Sinwar e outros líderes do Hamas erraram ao lançar o ataque contra Israel em 7 de outubro de 2023, sem qualquer preparação para proteger os civis de Gaza dos ataques aéreos israelenses. A crise humanitária agravada pela guerra causou escassez de alimentos e colapso no atendimento médico.

Mohammed, um jovem de 22 anos, também deslocado várias vezes, culpou Sinwar pelas condições devastadoras em Gaza. Ele chamou a morte do líder do Hamas de “o melhor dia” de sua vida:

“Ele nos humilhou, começou a guerra, nos dispersou e nos fez deslocados, sem água, comida ou dinheiro. Foi ele que motivou Israel a fazer isso”, disse Mohammed.

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