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Guerra ao tráfico já matou 47 mil no México

Levantamento da justiça do país mostrou que número de assassinatos do crime organizado cresceu 11% em 2011

Policiais no México isolam o local de um crime: violência cresce no país (Francisco Vega/AFP)

Policiais no México isolam o local de um crime: violência cresce no país (Francisco Vega/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 17h25.

Cidade do México- A Procuradoria Geral da República (PGR) do México informou nesta quarta-feira que 12.903 pessoas foram assassinadas de janeiro a setembro de 2011 em ações atribuídas ao crime organizado, o que representou um aumento de 11% no número de homicídios em comparação a 2010 e elevou para 47.515 o total destes crimes desde dezembro de 2006.

De acordo com as informações, do total de falecimentos registrados nos primeiros nove meses de 2011, 10.200 foram 'execuções', 1.652 em enfrentamentos com as autoridades; 740 por 'agressão direta', e 311 por choques entre grupos criminosos.

A cidade mais violenta do país continua sendo Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos e disputada pelos cartéis de Sinaloa e de Juárez, que registrou 1.206 homicídios de janeiro a setembro do ano passado.

O balneário turístico de Acapulco ficou em segundo lugar com 795 mortes ligadas ao crime organizado, seguido pelas cidades de Torreón (476), Chihuahua (402), Monterrey (399) Durango (390), Culiacán (365) e San Fernando (292).

A Procuradoria Geral destacou que os homicídios se mantêm 'concentrados em alguns estados do país', já que 70% dos crimes ocorreram em oito deles.

Além disso, a PGR ressaltou que '2011 é o primeiro ano em que o crescimento da taxa de homicídios é significativamente menor em comparação ao observado nos anos anteriores'.

Se o número de mortes entre janeiro e setembro subiu 11% em 2011, no comparativo 2009-2010 cresceu 70%; 63% em relação a 2008-2009; e 110% quando comparado a 2007-2008.

Em 2010 foram registrados mais de 15 mil homicídios vinculados ao crime organizado, um recorde no mandato de Felipe Calderón, que em dezembro de 2006 lançou uma luta contra o crime com a participação de milhares de militares.

A Procuradoria mexicana revelou os números atualizados de homicídios após a crescente pressão de diversas organizações não-governamentais para que o Governo divulgasse os dados.

'Além do interesse legítimo de conhecer estatísticas sobre o fenômeno delitivo, o relevante é garantir que cada um dos casos esteja sendo investigado pelas autoridades estaduais e federais', disse hoje a Procuradoria.

O organismo também ressaltou que seguirá trabalhando na conformação da base de dados de 'homicídios dolosos por suposta rivalidade criminosa' que permita garantir o acesso à justiça aos parentes e facilitar a troca de informação entre os diversos setores de Governo.

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