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Guatemala decreta Estado de Exceção em 4 municípios

Entre os motivos estão o assassinato de um policial, o sequestro de outros 23 e a presença do cartel mexicano Los Zetas nessas regiões

Paisagem da Guatemala: a medida limita a locomoção, as reuniões e o transporte de armas de fogo  (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 13h52.

Guatemala - O governo da Guatemala decretou Estado de Exceção em quatro municípios do país por causa do assassinato de um policial, do sequestro de outros 23 e pela presença do cartel mexicano Los Zetas nessas regiões, informou nesta quinta-feira uma fonte oficial.

A medida limita a locomoção, as reuniões e o transporte de armas de fogo em San Rafael las Flores e Castillas, no departamento de Santa Rosa, e Xelajpán e Maraquescuintla, em Jalapa, por um período de 30 dias, assinala o decreto publicado hoje no Diário da América Central (oficial).

O secretário de Comunicação Social da Presidência, Francisco Cuevas, explicou à Agência Efe que o Estado de Exceção foi decidido pelo presidente Otto Pérez Molina junto ao seu Gabinete.

De acordo com Cuevas, a medida foi adotada após o assassinato de um agente da Polícia Nacional Civil (PNC), que acompanhava um contingente articulado para libertar os 23 policiais que haviam sido sequestrados em Santa Maria Xalapán na última segunda-feira, quando moradores protestavam por não terem sidos incluídos nos lucros da mina de San Rafael.

A Promotoria pediu a detenção de 18 habitantes de Santa Rosa e Jalapa que se opõem à mina e aos que foram responsabilizados pelo assassinato do policial e pelo sequestro dos outros 23.


O agente falecido, identificado como Eduardo Camacho Orozco, de 40 anos de idade, fazia parte do contingente de policiais que foram enviados à mina San Rafael, subsidiária da mineradora canadense Tahoe Resources, para redobrar as medidas de segurança após um incidente registrado no último domingo, quando seis pessoas foram mortas no local.

Na última terça-feira, o ministro do Interior da Guatemala, Mauricio López Bonilla, afirmou que os moradores que se opõem às operações da mina, além de agredir e reter aos 23 agentes da PNC, também roubaram suas armas.

Além disso, a medida decretada pelo governo também se refere ao roubo de 11 mil bananas de dinamite que seriam destinadas à mina San Rafael no último mês de novembro em Mataquescuintla.

Cuevas explicou, sem dar mais detalhes, que o Estado de Exceção também se deve à presença do Los Zetas (grupo mexicano de traficantes) nessas comunidades, "os quais estariam manipulando a população".

O cartel mexicano opera na Guatemala desde 2008 e, segundo fontes oficiais, aparece como um dos grupos criminosos mais sanguinários do país.

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O secretário de Comunicação Social da Presidência, Francisco Cuevas, explicou à Agência Efe que o Estado de Exceção foi decidido pelo presidente Otto Pérez Molina junto ao seu Gabinete.

De acordo com Cuevas, a medida foi adotada após o assassinato de um agente da Polícia Nacional Civil (PNC), que acompanhava um contingente articulado para libertar os 23 policiais que haviam sido sequestrados em Santa Maria Xalapán na última segunda-feira, quando moradores protestavam por não terem sidos incluídos nos lucros da mina de San Rafael.

A Promotoria pediu a detenção de 18 habitantes de Santa Rosa e Jalapa que se opõem à mina e aos que foram responsabilizados pelo assassinato do policial e pelo sequestro dos outros 23.


O agente falecido, identificado como Eduardo Camacho Orozco, de 40 anos de idade, fazia parte do contingente de policiais que foram enviados à mina San Rafael, subsidiária da mineradora canadense Tahoe Resources, para redobrar as medidas de segurança após um incidente registrado no último domingo, quando seis pessoas foram mortas no local.

Na última terça-feira, o ministro do Interior da Guatemala, Mauricio López Bonilla, afirmou que os moradores que se opõem às operações da mina, além de agredir e reter aos 23 agentes da PNC, também roubaram suas armas.

Além disso, a medida decretada pelo governo também se refere ao roubo de 11 mil bananas de dinamite que seriam destinadas à mina San Rafael no último mês de novembro em Mataquescuintla.

Cuevas explicou, sem dar mais detalhes, que o Estado de Exceção também se deve à presença do Los Zetas (grupo mexicano de traficantes) nessas comunidades, "os quais estariam manipulando a população".

O cartel mexicano opera na Guatemala desde 2008 e, segundo fontes oficiais, aparece como um dos grupos criminosos mais sanguinários do país.

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