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Guarda Civil confisca milhões de cédulas do referendo catalão

A Justiça e o governo espanhol tentam frear o referendo nesta região dividida sobre a secessão, mas amplamente partidária de decidir o seu futuro nas urnas

Catalunha: o referendo foi convocado para domingo (1) (Getty Images/Getty Images)
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AFP

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 20h23.

A Guarda Civil confiscou nesta quinta-feira as cédulas eleitorais e os envelopes destinados ao referendo de autodeterminação convocado pelo governo catalão para domingo, além de 100 urnas, informou uma fonte policial.

Trata-se da última de uma longa lista de confiscos por parte da Polícia enquanto a Justiça e o governo espanhol tentam frear o referendo nesta região dividida sobre a secessão, mas amplamente partidária de decidir o seu futuro nas urnas.

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Em um depósito de Igualada, município a 65 km a oeste de Barcelona, "a Guarda Civil confiscou 2,5 milhões de cédulas, quatro milhões de envelopes e 100 urnas", informou esta fonte policial.

Segundo os donos do depósito, as urnas, as primeiras confiscadas pela Polícia em sua mobilização para impedir a votação, eram para as eleições à presidência do FC Barcelona, assinalou esta fonte.

Um porta-voz do time de futebol disse que a empresa "era fornecedora do clube".

O Tribunal Constitucional decretou a suspensão do referendo considerado inconstitucional tanto pela Justiça como pelo governo espanhol, que quer impedi-lo a todo custo.

Além da cédulas e do material de propaganda eleitoral, membros importantes do governo regional na organização do referendo foram detidos na semana anterior e colocados em liberdade condicional, e dezenas de sites que promoviam a votação foram fechados.

Essas medidas geraram manifestações indignadas em Barcelona, em outras cidades catalãs e em Madri.

Milhares de policiais do resto do país foram deslocados a esta região para ajudar a impedir a votação

Mas os líderes separatistas catalães asseguraram que o referendo seguirá em frente aconteça o que acontecer.

"As cédulas podem voltar a ser impressas tantas vezes quanto o necessário, o censo já temos, as urnas estão lá, as seções de votação também", disse à AFP Raul Romeva, à frente das Relações Exteriores do governo regional.

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