Estado Islâmico na Síria: militares foram mortos a tiros ou a facadas, informaram ativistas (AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2014 às 16h18.
Beirute, Líbano - O grupo Estado Islâmico matou, nas últimas 24 horas, mais de 150 soldados capturados em confrontos recentes para a tomada de uma série de bases militares no nordeste da Síria.
Os militares foram mortos a tiros ou a facadas, informaram ativistas nesta quinta-feira.
O assassinato de tropas do governo, combinadas com fotografias de recrutas aterrorizados sob a guarda de militantes no deserto, mostra como o grupo extremista usa a violência, e imagens de violência, para incutir o medo em seus oponentes enquanto busca expandir o território de seu califado, que abrange terra tomadas na Síria e no Iraque.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, disse que muitos os soldados mortos foram capturados na quarta-feira durante numa árida região rural perto do aeroporto de Tabqa, três dias depois de combatentes do Estado Islâmico terem tomado a base.
Tropas do governo estão entre o grande grupo de soldados da base que ficou preso atrás das linhas de frente, depois de a base cair nas mãos dos combatentes jihadistas.
Segundo o Observatório, cerca de 120 soldados de Tabqa foram mortos perto da base.
Combatentes do Estado Islâmico mataram pelo menos outros 40 militares, dos quais a maioria havia sido feita refém nos últimos confrontos por outras bases na área, na região de Hamrat, perto da cidade de Raqqa, reduto do grupo.
Comunicado postado na internet e distribuído por partidários do Estado Islâmico no Twitter afirma que os extremistas mataram "cerca de 200" prisioneiros capturados perto de Tabqa.
Também foram divulgadas fotografias do que o grupo afirma serem os prisioneiros: jovens, apenas de cueca, marchando no deserto.
Um vídeo postado na rede mostra imagens de mais de 150 homens, também em roupas íntimas, deitados e imóveis em fileira sobre a areia, aparentemente mortos.
Embora a autenticidade das imagens não possa de confirmada de forma independente, elas ilustram as afirmações feitas pelo Estado Islâmico e pelos ativistas sírios a respeito dos assassinatos.
O governo sírio ainda não havia se pronunciado sobre os acontecimentos.
Fonte: Associated Press.