Advogados encarregados da criação do PSD de Kassab acreditam que não houve má-fé por parte do grupo de Osasco (Prefeitura de SP/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2011 às 09h27.
São Paulo - Depois de ser obrigado a devolver ao DEM o domínio JK que registrou na internet - sem autorização da família do presidente Juscelino Kubitschek - usando o CNPJ do diretório regional do partido em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab vai ter de disputar a posse da sigla PSD com um punhado de políticos de Osasco (SP). Ontem, um clone da legenda foi registrado no cartório do 2.º Ofício do Distrito Federal.
Na ata da fundação provisória do partido constam como dirigentes Laudemir Lino de Alencar (presidente), além de Rogério Rodrigues da Silva e Delbio Camargo Teruel (vices). O nome de Laudemir aparece na internet como sendo secretário-geral do PSDC de Osasco. Já Teruel seria presidente da Câmara Municipal da cidade. A reportagem não conseguiu contactá-los, apesar de várias tentativas.
Os advogados encarregados da criação do PSD de Kassab, ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, acreditam que não houve má-fé por parte do grupo de Osasco, uma vez que uma das exigências da Justiça Eleitoral - a coleta das assinaturas de eleitores de nove Estados, anexadas ao processo - teria ocorrido em fevereiro. Na avaliação do corpo jurídico do PSD do prefeito de São Paulo, o episódio foi uma coincidência, pois em fevereiro não se sabia que o grupo do prefeito optaria por esta sigla. Na ocasião, dizem, Kassab ainda se inclinava pela sigla PDB.
De acordo com os advogados que assessoram o partido do prefeito a disputa deve acabar numa corrida para ver quem chega no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) primeiro com as cerca de 500 mil assinaturas de eleitores de nove Estados - exigidas para a legalização da legenda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.