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Grillo fecha porta para um governo tecnocrata na Itália

O líder do Movimento 5 Estrelas negou novamente qualquer possibilidade de apoiar um novo Executivo tecnocrata

O humorista Beppe Grillo: ele soube monopolizar quase toda a atenção após as eleições por ser considerado chave para a governabilidade no Senado (©AFP / Giuseppe Cacace)
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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 13h27.

Roma - O líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), o comediante Beppe Grillo, negou novamente nesta terça-feira qualquer possibilidade de apoiar um novo Executivo tecnocrata.

Mais uma vez, Grillo desempenha seu papel neste período pós-eleitoral na Itália jogando um balde de água fria sobre as esperanças que Vito Crimi, que será o líder do grupo MS5 no Senado, tinha despertado na segunda-feira ao não descartar a possibilidade de apoiar um Governo sem políticos após seu primeiro encontro com os 163 parlamentares eleitos de seu movimento.

"O MS5 não apoiará a posse de nenhum Governo tecnocrata, nem nunca disse isso. Não existem Governos tecnocratas por natureza, mas só Governos políticos apoiados por maioria parlamentar", afirmou Grillo através de seu blog.

O Executivo tecnocrata, presidido por Mario Monti, "foi o Governo mais político desde o pós-guerra. Nunca ninguém antes tinha colocado em dúvida o artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores italiano", mediante a reforma laboral aprovada no ano passado, acrescentou.

Grillo, que soube monopolizar quase toda a atenção após as eleições por ser considerado chave para a governabilidade no Senado, definiu além disso Monti como uma "enorme folha de parreira" utilizada pelo Partido Democrata (PD) de Pier Luigi Bersani e pelo Povo da Liberdade (PDL), de Silvio Berlusconi, desde novembro de 2011, para não assumir sua responsabilidade de Governo.


O líder do M5S assegurou que as palavras pronunciadas ontem por Crimi em um pouco habitual comparecimento perante os meios de imprensa (o movimento prefere as redes sociais e Internet) foram claras e não deixam lugar para dúvidas, ou seja, que não apoiarão a posse de nenhum Executivo que não passe por eles mesmos.

Também através da internet, desta vez no Facebook, o próprio Crimi precisou suas palavras de ontem, respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de um Executivo tecnocrata como saída à atual situação, na qual a centro-esquerda de Bersani apelou a um acordo com Grillo para poder formar Governo.

"A única solução que propomos é um Governo do Movimento 5 Estrelas, que acometa em seguida e sem demoras os primeiros 20 pontos do programa e depois todo o resto. Nosso programa é claro e foi anunciado através da internet", comentou Crimi.

Assim, tudo volta a começar do zero na Itália, que amanhã tem na agenda uma das reuniões políticas mais importantes que houve até agora após as eleições gerais, nas quais Bersani foi o candidato mais votado, com maioria absoluta na câmara Baixa, mas não no Senado, seguido muito de perto do centro-direita de Berlusconi.

Amanhã, reúne-se em Roma a Direção Nacional do Partido Democrata, na qual está previsto que Bersani ilustre os oito pontos programáticos com os quais pensa em pedir o voto de confiança na sessão de posse no Parlamento, incluindo o Senado no qual conta com 123 dos 315 cadeiras.

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Roma - O líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), o comediante Beppe Grillo, negou novamente nesta terça-feira qualquer possibilidade de apoiar um novo Executivo tecnocrata.

Mais uma vez, Grillo desempenha seu papel neste período pós-eleitoral na Itália jogando um balde de água fria sobre as esperanças que Vito Crimi, que será o líder do grupo MS5 no Senado, tinha despertado na segunda-feira ao não descartar a possibilidade de apoiar um Governo sem políticos após seu primeiro encontro com os 163 parlamentares eleitos de seu movimento.

"O MS5 não apoiará a posse de nenhum Governo tecnocrata, nem nunca disse isso. Não existem Governos tecnocratas por natureza, mas só Governos políticos apoiados por maioria parlamentar", afirmou Grillo através de seu blog.

O Executivo tecnocrata, presidido por Mario Monti, "foi o Governo mais político desde o pós-guerra. Nunca ninguém antes tinha colocado em dúvida o artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores italiano", mediante a reforma laboral aprovada no ano passado, acrescentou.

Grillo, que soube monopolizar quase toda a atenção após as eleições por ser considerado chave para a governabilidade no Senado, definiu além disso Monti como uma "enorme folha de parreira" utilizada pelo Partido Democrata (PD) de Pier Luigi Bersani e pelo Povo da Liberdade (PDL), de Silvio Berlusconi, desde novembro de 2011, para não assumir sua responsabilidade de Governo.


O líder do M5S assegurou que as palavras pronunciadas ontem por Crimi em um pouco habitual comparecimento perante os meios de imprensa (o movimento prefere as redes sociais e Internet) foram claras e não deixam lugar para dúvidas, ou seja, que não apoiarão a posse de nenhum Executivo que não passe por eles mesmos.

Também através da internet, desta vez no Facebook, o próprio Crimi precisou suas palavras de ontem, respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de um Executivo tecnocrata como saída à atual situação, na qual a centro-esquerda de Bersani apelou a um acordo com Grillo para poder formar Governo.

"A única solução que propomos é um Governo do Movimento 5 Estrelas, que acometa em seguida e sem demoras os primeiros 20 pontos do programa e depois todo o resto. Nosso programa é claro e foi anunciado através da internet", comentou Crimi.

Assim, tudo volta a começar do zero na Itália, que amanhã tem na agenda uma das reuniões políticas mais importantes que houve até agora após as eleições gerais, nas quais Bersani foi o candidato mais votado, com maioria absoluta na câmara Baixa, mas não no Senado, seguido muito de perto do centro-direita de Berlusconi.

Amanhã, reúne-se em Roma a Direção Nacional do Partido Democrata, na qual está previsto que Bersani ilustre os oito pontos programáticos com os quais pensa em pedir o voto de confiança na sessão de posse no Parlamento, incluindo o Senado no qual conta com 123 dos 315 cadeiras.

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