Greve contra cortes e impostos paralisa metrô de Lisboa
Sindicatos e a empresa informaram que os trens não circularam durante as primeiras horas de serviço, das 06h até as 10h30 (locais)
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2012 às 14h43.
Lisboa - Lisboa amanheceu nesta quinta-feira com todas as estações de metrô fechadas e o serviço totalmente paralisado em uma nova greve parcial de seus funcionários em protesto contra a política de ajustes do governo.
Sindicatos e a empresa informaram que os trens não circularam durante as primeiras horas de serviço, das 06h até as 10h30 (locais), o que levou muitos portugueses a optar pelo carro e engarrafou ainda mais o trânsito na capital lusitana.
Durante os últimos dois anos, os funcionários do metrô lisboeta fizeram várias paralisações parciais, normalmente nos horários de pico do serviço, todas elas com forte adesão.
O transporte subterrâneo leva diariamente cerca de 450 mil pessoas, segundo dados fornecidos pela própria companhia.
A greve de hoje foi convocada pelos sindicatos para mostrar mais uma vez a rejeição aos cortes salariais aplicados ao elenco e defender o metrô como serviço público.
Os funcionários se opõem à possibilidade de privatização da companhia que administra o metrô de Lisboa, em meio aos esforços do Executivo conservador português para reduzir o gasto público.
Portugal, país que teve intervenção da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional há um ano e meio, se comprometeu, em troca do resgate financeiro, a diminuir o déficit público para 5% do PIB em 2012 e para 4,5% em 2013.
Para atingir a meta, o governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho aplicou severas medidas de austeridade destinadas a cortar as despesas do Estado, ao mesmo tempo em que realizou uma alta de impostos generalizada para tentar melhorar a arrecadação.