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Grécia prevê déficit e crescimento menores em 2012

Novo governo anunciou meta para o corte no déficit mais ambiciosa que a prevista

Papademos terá de ligar com a recessão que afeta o país ameaçado pela falência (Louisa Gouliamaki/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2011 às 15h13.

Atenas - O novo governo grego liderado por Lucas Papademos prevê reduzir seu déficit em 2012, ano em que a recessão será maior do que previsto, segundo o projeto orçamentário apresentado nesta sexta-feira, que deve ser adotado na reunião europeia do dia 9 de dezembro.

O governo de unidade nacional pretende reduzir o déficit a 5,4% do PIB em 2012 (contra 9% em 2011), abaixo da projeção de 6,8% do governo anterior.

A recessão que afeta o país ameaçado pela falência será maior do que o previsto inicialmente em 2012: o PIB registrará contração de 2,8%, contra 2,5% projetado pelo governo anterior de Georges Papandreou antes da elaboração do segundo plano de resgate da Grécia por parte da Eurozona em outubro.

As metas de déficit orçamentário pretendem demonstrar o compromisso do novo governo com os ajustes prometidos em troca da ajuda, que prevê a anulação de parte da dívida grega nas mãos de credores privados.

O país espera que seja concedida no início de dezembro uma parcela de 8 bilhões de euros, parte do primeiro plano de ajuda outorgado em 2010. Esse dinheiro é vital para suprir os gastos emergenciais da Grécia.

O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, admitiu que o empréstimo "não é fácil", mas "é um instrumento de trabalho necessário para sair da crise".


O novo governo quer manter a política de austeridade com reduções de gastos públicos, cuja aplicação depende da implementação do plano de ajuda europeu, que inclui uma redução da dívida do país.

Em caso de êxito desta operação, a Grécia reduzirá até o final de 2012 sua dívida para 309 bilhões de euros, 145,5% do PIB. Hoje ela está em 352 bilhões de euros, ou 161,7% do PIB.

O projeto orçamentário contempla a luta contra a fraude e a evasão fiscal, e inclui um notável aumento da tributação direta e indireta, assim como a imobiliária, o que permitirá ao Estado arrecadar mais de 53 bilhões de euros em impostos.

Além disso, segundo o projeto, as privatizações devem trazer ao país aproximadamente 9,3 bilhões de euros em 2012.

Por outro lado, no próximo ano os gastos públicos serão reduzidos em 5,2 bilhões por meio de cortes salariais e redução de empregos.

Venizelos ressaltou que o projeto não acrescenta nenhuma nova medida de austeridade além das já acordadas com a troica de credores (BCE, União Europeia, FMI) e que foram votadas em junho junto com o programa multianual orçamentário, em meio a violentos protestos civis.

O ministro lembrou que os gregos só vão evitar mais sacrifícios se cumprirem ao pé da letra as medidas de junho, que já provocaram uma brutal queda do nível de vida da população.

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Atenas - O novo governo grego liderado por Lucas Papademos prevê reduzir seu déficit em 2012, ano em que a recessão será maior do que previsto, segundo o projeto orçamentário apresentado nesta sexta-feira, que deve ser adotado na reunião europeia do dia 9 de dezembro.

O governo de unidade nacional pretende reduzir o déficit a 5,4% do PIB em 2012 (contra 9% em 2011), abaixo da projeção de 6,8% do governo anterior.

A recessão que afeta o país ameaçado pela falência será maior do que o previsto inicialmente em 2012: o PIB registrará contração de 2,8%, contra 2,5% projetado pelo governo anterior de Georges Papandreou antes da elaboração do segundo plano de resgate da Grécia por parte da Eurozona em outubro.

As metas de déficit orçamentário pretendem demonstrar o compromisso do novo governo com os ajustes prometidos em troca da ajuda, que prevê a anulação de parte da dívida grega nas mãos de credores privados.

O país espera que seja concedida no início de dezembro uma parcela de 8 bilhões de euros, parte do primeiro plano de ajuda outorgado em 2010. Esse dinheiro é vital para suprir os gastos emergenciais da Grécia.

O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, admitiu que o empréstimo "não é fácil", mas "é um instrumento de trabalho necessário para sair da crise".


O novo governo quer manter a política de austeridade com reduções de gastos públicos, cuja aplicação depende da implementação do plano de ajuda europeu, que inclui uma redução da dívida do país.

Em caso de êxito desta operação, a Grécia reduzirá até o final de 2012 sua dívida para 309 bilhões de euros, 145,5% do PIB. Hoje ela está em 352 bilhões de euros, ou 161,7% do PIB.

O projeto orçamentário contempla a luta contra a fraude e a evasão fiscal, e inclui um notável aumento da tributação direta e indireta, assim como a imobiliária, o que permitirá ao Estado arrecadar mais de 53 bilhões de euros em impostos.

Além disso, segundo o projeto, as privatizações devem trazer ao país aproximadamente 9,3 bilhões de euros em 2012.

Por outro lado, no próximo ano os gastos públicos serão reduzidos em 5,2 bilhões por meio de cortes salariais e redução de empregos.

Venizelos ressaltou que o projeto não acrescenta nenhuma nova medida de austeridade além das já acordadas com a troica de credores (BCE, União Europeia, FMI) e que foram votadas em junho junto com o programa multianual orçamentário, em meio a violentos protestos civis.

O ministro lembrou que os gregos só vão evitar mais sacrifícios se cumprirem ao pé da letra as medidas de junho, que já provocaram uma brutal queda do nível de vida da população.

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