Grã-Bretanha conclui preparativos para adeus a Thatcher
A catedral de St. Paul, no centro de Londres, abrigará este funeral cerimonial que, fora poucas exceções, terá as características de um funeral de Estado
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2013 às 14h22.
Lomdres - O Reino Unido se preparava para dar o último adeus à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, nesta quarta-feira, em um funeral com grande pompa e mais de 2.000 convidados, que, assim como o legado dos 11 anos de governo da Dama de Ferro, divide profundamente a população.
A emblemática catedral de St. Paul, no centro de Londres, abrigará este funeral cerimonial que, à exceção do nome e do voo rasante de aviões da Royal Air Force (RAF), que a falecida não queria, terá todas as características de um funeral de Estado, como o realizado na morte de Winston Churcill, em 1965.
Assim como naquela ocasião, a rainha Elizabeth II, que não costuma comparecer às despedidas de seus chefes de governo, fará uma exceção e assistirá à missa acompanhada de seu marido, Philip, duque de Edimburgo.
Os chefes de governo Benjamin Netanyahu de Israel, Stephen Harper do Canadá, Mario Monti da Itália, Donald Tusk da Polônia e Sabah al-Ahmad al-Sabah do Kuwait também confirmaram sua presença em Londres para homenagear Margaret Thatcher, que faleceu no dia 8 aos 87 anos, assim como outras figuras britânicas da política e do espetáculo.
Por desejo da falecida, inquilina de Downing Street de 1979 a 1990, as forças armadas terão um papel de destaque na cerimônia.
Está prevista a participação de mais de 700 militares, muitos deles representantes dos regimentos que lutaram na guerra das Malvinas contra a Argentina, em 1982, o conflito que salvou sua carreira política e forjou sua reputação de "Dama de Ferro".
A cerimônia religiosa, fechada ao público, será transmitida ao vivo pela televisão, mas os britânicos, polarizados sobre a ex-primeira-ministra inclusive depois de morta, poderão acompanhar nas ruas o trajeto de 1,9 km que será percorrido pelo caixão, em meio a um forte esquema de segurança para evitar incidentes.
O custo do funeral de Thatcher, estimado pela imprensa em até 10 milhões de libras (15,3 milhões de dólares, 11,7 milhões de euros), provocou diversas críticas, embora o governo tenha classificado esse número de fantasioso.
"Será uma homenagem merecida a uma grande primeira-ministra", afirmou o atual chefe de governo conservador, David Cameron, considerado um herdeiro político de Thatcher e acusado de utilizar sua morte com fins políticos.
O custo do funeral será coberto, em parte, pela família de Thatcher, que tinha dois filhos, os gêmeos Mark e Carol; e o restante, pelos fundos públicos, num momento em que os britânicos são submetidos a um severo plano de austeridade.
Até o bispo de Grantham, cidade de origem de Thatcher, no leste da Inglaterra, afirmou que a elevada soma era um erro que só servia para atrair problemas.
Segundo uma pesquisa divulgada no domingo pelo Independent on Sunday, 60% dos britânicos são contrários ao pagamento da conta do funeral pelos contribuintes, praticamente o mesmo percentual que considera que Thatcher foi a primeira-ministra que mais dividiu o país.
Centenas de opositores de Thatcher, entre eles muitos militantes esquerdistas majoritariamente jovens, assim como ex-mineiros que sofreram na própria pele as radicais políticas da Dama de Ferro, se reuniram na Trafalgar Square para protestar contra seu legado econômico e social.
A polícia estava em pé de guerra devido a divisões dentro da própria corporação.
Muitos policiais já anunciaram que participarão do protesto convocado pela internet, que convoca os detratores de Thatcher a protestar dando as costas ao caixão durante o funeral.
A polícia anunciou que respeitará o direito ao protesto e, através de uma de suas porta-vozes, Christine Jones, prometeu buscar um equilíbrio entre os manifestantes e aqueles que querem homenagear a controversa ex-primeira-ministra.
Lomdres - O Reino Unido se preparava para dar o último adeus à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, nesta quarta-feira, em um funeral com grande pompa e mais de 2.000 convidados, que, assim como o legado dos 11 anos de governo da Dama de Ferro, divide profundamente a população.
A emblemática catedral de St. Paul, no centro de Londres, abrigará este funeral cerimonial que, à exceção do nome e do voo rasante de aviões da Royal Air Force (RAF), que a falecida não queria, terá todas as características de um funeral de Estado, como o realizado na morte de Winston Churcill, em 1965.
Assim como naquela ocasião, a rainha Elizabeth II, que não costuma comparecer às despedidas de seus chefes de governo, fará uma exceção e assistirá à missa acompanhada de seu marido, Philip, duque de Edimburgo.
Os chefes de governo Benjamin Netanyahu de Israel, Stephen Harper do Canadá, Mario Monti da Itália, Donald Tusk da Polônia e Sabah al-Ahmad al-Sabah do Kuwait também confirmaram sua presença em Londres para homenagear Margaret Thatcher, que faleceu no dia 8 aos 87 anos, assim como outras figuras britânicas da política e do espetáculo.
Por desejo da falecida, inquilina de Downing Street de 1979 a 1990, as forças armadas terão um papel de destaque na cerimônia.
Está prevista a participação de mais de 700 militares, muitos deles representantes dos regimentos que lutaram na guerra das Malvinas contra a Argentina, em 1982, o conflito que salvou sua carreira política e forjou sua reputação de "Dama de Ferro".
A cerimônia religiosa, fechada ao público, será transmitida ao vivo pela televisão, mas os britânicos, polarizados sobre a ex-primeira-ministra inclusive depois de morta, poderão acompanhar nas ruas o trajeto de 1,9 km que será percorrido pelo caixão, em meio a um forte esquema de segurança para evitar incidentes.
O custo do funeral de Thatcher, estimado pela imprensa em até 10 milhões de libras (15,3 milhões de dólares, 11,7 milhões de euros), provocou diversas críticas, embora o governo tenha classificado esse número de fantasioso.
"Será uma homenagem merecida a uma grande primeira-ministra", afirmou o atual chefe de governo conservador, David Cameron, considerado um herdeiro político de Thatcher e acusado de utilizar sua morte com fins políticos.
O custo do funeral será coberto, em parte, pela família de Thatcher, que tinha dois filhos, os gêmeos Mark e Carol; e o restante, pelos fundos públicos, num momento em que os britânicos são submetidos a um severo plano de austeridade.
Até o bispo de Grantham, cidade de origem de Thatcher, no leste da Inglaterra, afirmou que a elevada soma era um erro que só servia para atrair problemas.
Segundo uma pesquisa divulgada no domingo pelo Independent on Sunday, 60% dos britânicos são contrários ao pagamento da conta do funeral pelos contribuintes, praticamente o mesmo percentual que considera que Thatcher foi a primeira-ministra que mais dividiu o país.
Centenas de opositores de Thatcher, entre eles muitos militantes esquerdistas majoritariamente jovens, assim como ex-mineiros que sofreram na própria pele as radicais políticas da Dama de Ferro, se reuniram na Trafalgar Square para protestar contra seu legado econômico e social.
A polícia estava em pé de guerra devido a divisões dentro da própria corporação.
Muitos policiais já anunciaram que participarão do protesto convocado pela internet, que convoca os detratores de Thatcher a protestar dando as costas ao caixão durante o funeral.
A polícia anunciou que respeitará o direito ao protesto e, através de uma de suas porta-vozes, Christine Jones, prometeu buscar um equilíbrio entre os manifestantes e aqueles que querem homenagear a controversa ex-primeira-ministra.