Incêndio na Califórnia: 699 pessoas seguem desaparecidas (SandyHuffake / Stringer/Getty Images)
EFE
Publicado em 20 de novembro de 2018 às 17h43.
San Francisco - O secretário de Interior dos Estados Unidos, Ryan Zinke, afirmou nesta terça-feira que grupos ambientais radicais podem ter provocado os grandes incêndios que destroem parte do estado da Califórnia desde a última semana.
Em entrevista coletiva, Zinke disse que esses ambientalistas radicais deixariam a "floresta queimar inteira antes de cortar uma só árvore". E criticou organizações que entraram na Justiça para impedir que a poda seja utilizada na gestão florestal.
Responsável pela manutenção das propridades do governo federal em todo o país, o secretário também elencou outros fatores como causas do incêndio: as altas temperaturas, a extrema falta de umidade na região e a grande quantidade de árvores mortas.
No domingo, Zinke concedeu entrevista ao site "Breitbart", ligado a grupos da extrema direita no país, e foi ainda mais direto nas acusações ao afirmar que os ambientalistas são os "responsáveis pelos recentes incêndios registrados na Califórnia.
Durante visita às regiões destruídas pelas chamas no sábado, o presidente dos EUA, Donald Trump, destacou a necessidade de "capinar" as florestas para evitar incêndios e citou como exemplo a gestão florestal da Finlândia. Segundo ele, o país nórdico evita o problema porque gasta "muito tempo" nesse tipo de atividade.
"Estive com o presidente da Finlândia e ele me disse 'somos uma nação'. E eles dedicam muito tempo a capinar, a limpar e fazer as coisas. E não tem nenhum problema. Quando há, é um problema muito pequeno", explicou o presidente americano.
O incêndio Camp Fire, que teve início há quase duas semanas no norte da Califórnia, deixou 79 pessoas mortas e mais de 61,2 mil hectares destruídos. Além disso, 699 pessoas seguem desaparecidas.
No sul do estado, outro grande incêndio, quase controlado pelos bombeiros, deixou três mortos e destruiu vários imóveis nas cidades de Malibu e Thousand Oaks.