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Governo saarauí denuncia intransigência do Marrocos

Governo saarauí respondeu ao discurso do rei Muhammad VI do Marrocos, acusando Rabat de "intransigência" e de "dar as costas" aos esforços da ONU


	Cidade Rabat, em Marrocos: autoridades marroquinas tentam "justificar as atuais e futuras violações dos direitos humanos", segundo governo saarauí
 (Wikimedia Commons)

Cidade Rabat, em Marrocos: autoridades marroquinas tentam "justificar as atuais e futuras violações dos direitos humanos", segundo governo saarauí (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 10h01.

Argel - O Governo saarauí respondeu nesta quinta-feira ao discurso pronunciado na quarta pelo rei Muhammad VI do Marrocos, acusando Rabat de "intransigência" e de "dar as costas" aos esforços da ONU.

Em comunicado divulgado em Argel, o Governo saarauí expressou que através de seu discurso, pronunciado por ocasião do 38º aniversário da Marcha Verde, as autoridades marroquinas tentam "justificar as atuais e futuras violações dos direitos humanos nos territórios ocupados".

"O Governo saarauí denuncia a continuação da agressão e ocupação do Saara Ocidental, as violações dos direitos humanos e a exploração das riquezas naturais saarauís", ressaltou a nota oficial.

Muhammad VI declarou ontem em seu pronunciamento que o Marrocos "não pensa em hipotecar o futuro de suas províncias do sul (como se denomina no Marrocos o Saara Ocidental) à evolução da questão do Saara no marco da ONU", que tenta intermediar a resolução do conflito.

Enquanto isso, o independentista Frente Polisário defende a organização de um plebiscito no qual se contemple a opção da autodeterminação, mas Rabat só se mostra disposta a oferecer a autonomia ao território saarauí, mas sempre sob a soberania marroquina.

"O discurso do Marrocos demonstra uma vontade clara de dar as costas aos esforços da ONU para solucionar a questão da última colônia do continente africano", informou a nota do Executivo saarauí.

O texto concluiu com um pedido à comunidade internacional para que pressione Rabat a fim de que permita a realização de um plebiscito de autodeterminação.

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