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Governo está aberto a novos ataques na Síria, diz Casa Branca

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Trump autorizará os ataque se o uso de armas químicas persistir

Trump: "A cena de pessoas sendo contaminadas por gás e explodidas por bombas barril garante que, se virmos esse tipo de ação novamente, nos mantemos abertos à possibilidade de ação futura" (Carlos Barria/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de abril de 2017 às 15h48.

Última atualização em 10 de abril de 2017 às 18h50.

O uso de bombas de barril pelo regime de Bashar al-Assad poderia gerar uma resposta dos Estados Unidos, afirmou a Casa Branca nesta segunda-feira.

A declaração aparentemente era uma mudança significativa na política americana, ao traçar mais um limite no conflito na Síria .

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O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que as bombas de barril, além das armas químicas, também poderiam gerar uma resposta americana.

Ele não especificou se a referência era a qualquer bomba de barril ou se apenas às que contêm produtos químicos potencialmente mortíferos.

De qualquer maneira, a declaração deve piorar a confrontação entre Washington e Damasco, já que o regime de Assad frequentemente usa esse tipo de arma, um artefato improvisado, que em geral leva explosivos e materiais que geram estilhaços contidos em velhos barris de petróleo.

A mudança na política ocorre dias após o presidente americano, Donald Trump, determinar um ataque com mísseis contra uma base aérea síria, em resposta ao aparente uso de armas químicas pelo regime de Assad.

"A visão de pessoas sendo vítimas de gás e explodidas por bombas de barril faz com que, se nós virmos esse tipo de ação novamente, deixamos em aberto a possibilidade de uma ação futura", afirmou Spicer durante sua entrevista coletiva diária nesta segunda-feira.

Posteriormente no evento, o porta-voz acrescentou:

"Vou dizer a vocês, a resposta é que, se você ataca um bebê com gás, lança uma bomba de barril contra pessoas inocentes, verá uma resposta desse presidente."

Spicer não adiantou como Trump poderia responder, mas disse que o uso de armas químicas ou bombas de barril é "inaceitável".

Assad raramente usa armas químicas, mas as Forças Armadas sírias empregam as bombas de barril como um recurso em seu arsenal.

Um número preciso dessas bombas usadas pelo regime não foi dado. Segundo estimativa da Rede Síria pelos Direitos Humanos, o regime sírio lançou quase 13 mil delas em 2016, pouco mais de 35 ao dia em média.

Assad tem sido repetidamente criticado pela Organização das Nações Unidas por seu uso de bombas de barril e pelos ataques indiscriminados contra civis.

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