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Governo espanhol recorrerá tentativas de referendo na Catalunha

Advertência foi dada após o governo autônomo convocar um referendo sobre sua independência para 1º de outubro

Espanha: o governo do país sustenta que essa consulta é ilegal e inconstitucional (Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images)

Espanha: o governo do país sustenta que essa consulta é ilegal e inconstitucional (Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images)

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EFE

Publicado em 9 de junho de 2017 às 14h54.

Última atualização em 9 de junho de 2017 às 14h54.

Madri - O governo da Espanha advertiu nesta sexta-feira que recorrerá contra "todas as tentativas" que representem um "desafio" ao Estado de Direito, em alusão à vontade das autoridades da região autônoma da Catalunha de realizar um referendo sobre sua independência em 1º de outubro de 2017.

Na coletiva de imprensa posterior à reunião do Conselho de Ministros de hoje, o ministro porta-voz do Executivo espanhol, Íñigo Méndez de Vigo, insistiu que o governo central recorrerá contra qualquer ação que "passe do anúncio para os fatos" em relação à realização de uma consulta desse tipo.

O governo da Catalunha anunciou hoje a intenção de convocar para a data mencionada um referendo sobre a independência desse território, de 7,5 milhões de habitantes.

"Você quer que a Catalunha seja um Estado independente em forma de república?", é a pergunta que os nacionalistas que governam essa região do nordeste da Espanha pretendem fazer aos cidadãos, segundo anunciou o presidente da região autônoma, Carles Puigdemont, enquanto o Conselho de Ministros do Executivo espanhol estava reunido.

O governo da Espanha sustenta que essa consulta é ilegal e inconstitucional e deixou claro em várias ocasiões que adotará todas as medidas necessárias para impedi-la.

Méndez de Vigo afirmou que o anúncio da data e a pergunta do referendo responde a uma "estratégia cada vez mais minoritária, unilateral e radical" e a uma "encenação" que reflete a "solidão e o isolamento" dos soberanistas catalães.

O ministro porta-voz também lembrou ao presidente catalão que sua "obrigação" é proteger os direitos de todos os cidadãos e preservar a neutralidade política das instituições e dos funcionários catalães, "que não devem ser forçados a assumir uma responsabilidade na qual outros incorrem ao manter um desafio ao Estado de Direito".

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